Inflação do aluguel registra desaceleração para 0,27% em janeiro de 2025
O IGP-M, conhecido como a inflação do aluguel, acumula alta de 6,75% em 12 meses.
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), amplamente utilizado como referência para reajustes de aluguel, apresentou uma alta de 0,27% em janeiro de 2025. Este valor representa uma desaceleração em comparação ao mês anterior, dezembro de 2024, que registrou um aumento de 0,94%. Com essa nova taxa, o IGP-M acumula uma elevação de 6,75% nos últimos doze meses, conforme os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) nesta quinta-feira, 30 de janeiro.
De acordo com André Braz, economista do Ibre/FGV, “a inflação ao produtor desacelerou devido à queda nos preços da soja, do gado bovino e suínos. No varejo, a inflação permaneceu contida, pois a alta dos alimentos foi compensada pela redução no preço da energia. Na construção civil, os reajustes salariais sustentaram a aceleração da inflação interanual do setor”.
Em janeiro, a taxa do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) desacelerou para 0,24%, marcando um recuo significativo em relação ao avanço de 1,21% observado em dezembro. O grupo de Bens Finais, por sua vez, retrocedeu para 0,79% em janeiro, após registrar uma alta de 0,83% no mês anterior. O índice correspondente a Bens Finais, que exclui os subgrupos de alimentos in natura e combustíveis para consumo, caiu de 1,20% em dezembro para 0,71% em janeiro.
A taxa do grupo Bens Intermediários subiu 1,26% em janeiro, superando a do mês anterior, que foi de 0,47%. O índice de Bens Intermediários, excluindo o subgrupo de combustíveis e lubrificantes para a produção, também subiu 1,20% em janeiro, uma alta superior à apurada em dezembro, que foi de 0,46%. O grupo das Matérias-Primas Brutas, por outro lado, caiu 0,75% em janeiro, revertendo a alta de 2,35% registrada em dezembro.
Além disso, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) também foi analisado. Em janeiro, o IPC registrou uma taxa de 0,14%, apresentando uma ligeira aceleração em comparação ao mês anterior, quando o índice subiu 0,12%. Entre as oito classes de despesa que compõem o índice, cinco mostraram avanços nas suas taxas de variação: Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,20% para 0,57%), Alimentação (de 1,09% para 1,31%), Vestuário (de -0,11% para 0,63%), Transportes (de 0,30% para 0,44%) e Educação, Leitura e Recreação (de -0,02% para 0,15%).
Por outro lado, os grupos Habitação (de -1,08% para -1,65%), Despesas Diversas (de 0,85% para 0,29%) e Comunicação (de 0,06% para -0,03%) apresentaram recuo em suas taxas de variação.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) também foi analisado e registrou uma alta de 0,71% em janeiro, taxa superior à observada em dezembro, que foi de 0,51%. O grupo Materiais e Equipamentos recuou de 0,57% para 0,43%; o grupo Serviços variou de -0,25% para 0,41%; e o grupo Mão de Obra avançou de 0,53% para 1,13%.
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