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Desaprovação do governo Lula atinge recorde de 44% em nova pesquisa
A reprovação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) supera a aprovação e revela crise de popularidade.
Uma nova pesquisa realizada pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) revelou que a desaprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atingiu alarmantes 44%, superando pela primeira vez a aprovação, que ficou em 29%. Os dados, coletados entre 19 e 23 de fevereiro, indicam uma queda significativa na popularidade do presidente, que já enfrenta um dos piores momentos de seu terceiro mandato.
Os números são ainda mais preocupantes quando analisados em comparação com pesquisas anteriores. Em novembro de 2024, a desaprovação era de 31%, enquanto a aprovação alcançava 35%. Agora, a situação se inverteu, mostrando um aumento de 13 pontos percentuais na reprovação e uma queda de 6 na aprovação.
Além disso, a avaliação pessoal de Lula também é desastrosa: 55,3% dos entrevistados expressaram desaprovação ao seu desempenho, um aumento de 9 pontos percentuais em relação ao levantamento anterior. Apenas 40,5% dos entrevistados consideram seu governo positivo, refletindo uma insatisfação generalizada entre a população.
A pesquisa CNT, que entrevistou 2.002 pessoas, também revelou que a percepção negativa sobre a economia é um dos principais fatores que contribuem para a queda na popularidade de Lula. O presidente da CNT, Vander Costa, destacou que a “percepção de piora na economia e de alta de preços, especialmente de alimentos, é o maior desafio à aprovação do governo”.
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Os dados apontam que apenas 28,7% da população avalia o governo como ótimo ou bom, enquanto 44% o consideram ruim ou péssimo. Essa insatisfação é ainda mais acentuada entre grupos específicos, como os evangélicos, onde 54% desaprovam a gestão de Lula.
O cenário atual é um contraste marcante em relação aos mandatos anteriores de Lula. Em fevereiro de 2005, após dois anos de governo, ele registrava 42% de avaliações positivas. Em março de 2009, esse índice subiu para 62%. Agora, o presidente enfrenta uma rejeição que supera até mesmo a de seu antecessor, Jair Bolsonaro, que tinha 36% de desaprovação no mesmo período de seu governo.
Esses resultados alarmantes têm gerado preocupações dentro do governo, que busca alternativas para reverter a situação. Recentemente, Lula promoveu mudanças na Secretaria de Comunicação Social (Secom), substituindo Paulo Pimenta pelo publicitário Sidônio Palmeira, na tentativa de melhorar a imagem do governo.
Palmeira adotou uma abordagem mais agressiva em comparação com administrações anteriores, promovendo mais entrevistas e aparições de Lula na mídia. No entanto, essa estratégia tem sido vista com ceticismo, já que muitos acreditam que o presidente está mais focado em sua reeleição do que em resolver os problemas atuais do país.
Com a crescente insatisfação popular, o governo Lula enfrenta um desafio sem precedentes para recuperar a confiança da população. As próximas semanas serão cruciais para determinar se as medidas adotadas surtirão efeito ou se a crise de popularidade se aprofundará ainda mais.
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