Trump anuncia cortes de 65% no quadro de funcionários da Agência Ambiental dos EUA
O presidente Donald Trump revelou planos para reduzir em 65% o número de funcionários da Agência de Proteção Ambiental, um órgão vital para a regulação ambiental.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (26) a intenção de seu governo de cortar cerca de 65% do quadro de funcionários da Agência de Proteção Ambiental (EPA). Esse órgão é responsável por implementar políticas e regulamentações que visam conter a mudança climática e proteger o meio ambiente.
Durante uma conversa com Lee Zeldin, administrador da EPA, Trump afirmou: “Conversei com Lee Zeldin e ele acredita que vai cortar cerca de 65% do pessoal da [agência] ambiental”. Atualmente, a EPA conta com mais de 17 mil funcionários, parte de um total de aproximadamente dois milhões de servidores públicos nos Estados Unidos.
Esses cortes fazem parte de uma estratégia mais ampla do governo Trump, que visa reduzir o tamanho da administração federal e cortar gastos. O presidente tem se mostrado crítico da estrutura atual do governo, alegando que muitas agências estão “inchadas” e “desorganizadas”.
Além da EPA, outras agências federais também estão sob análise para possíveis cortes significativos. Trump mencionou que o Departamento da Educação pode ser uma das próximas instituições a sofrer reduções, reafirmando sua posição de transferir responsabilidades educacionais para os estados.
“Estamos cortando o governo... estamos inchados, estamos desleixados”, disse Trump durante uma reunião do gabinete, enfatizando a necessidade de uma reestruturação profunda na administração pública.
As declarações do presidente ocorrem em um momento em que a nova criação do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), liderado pelo empresário Elon Musk, busca implementar medidas drásticas para reduzir o tamanho do governo e aumentar a eficiência.
O DOGE foi encarregado de eliminar desperdícios e gastos desnecessários, e Trump expressou que deseja ver uma abordagem ainda mais agressiva em relação a essas mudanças. Musk, que é conhecido por suas iniciativas inovadoras, já lançou várias propostas para cortar o número de funcionários federais.
Recentemente, Musk solicitou que todos os trabalhadores federais respondessem a um e-mail sobre produtividade, descrevendo-o como uma “avaliação de pulso”. Ele alertou que aqueles que não cumprissem a solicitação poderiam perder seus empregos. Essa medida gerou controvérsia, com algumas agências instruindo seus funcionários a ignorar o e-mail.
Ainda assim, o governo afirmou que cerca de um milhão de trabalhadores federais atenderam ao pedido de Musk, que busca identificar e eliminar aqueles que estão na folha de pagamento, mas não exercem funções efetivas.
A EPA e o escritório de imprensa da Casa Branca ainda não comentaram sobre as declarações de Trump e os planos de redução de pessoal.
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