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Bolsonaro convoca protesto na Avenida Paulista em defesa da anistia aos presos
O ex-presidente Jair Bolsonaro muda estratégia e anuncia ato para 6 de abril em São Paulo.
O ex-presidente Jair Bolsonaro, do PL, anunciou um protesto agendado para o dia 6 de abril na Avenida Paulista, em São Paulo, em defesa da anistia aos presos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. A manifestação, que terá início às 14 horas, ocorre em meio a uma mudança na estratégia de Bolsonaro, que inicialmente havia planejado um único ato na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.
Além de Bolsonaro, o pastor Silas Malafaia, um de seus principais aliados, está à frente da organização do evento. O protesto na capital fluminense permanece marcado para o dia 16 de março, às 10 horas.
Fábio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação Social do governo Bolsonaro, revelou que havia uma ordem “expressa” do ex-presidente para que as mobilizações da oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, fossem concentradas no Rio. Contudo, a nova convocação para a Avenida Paulista foi divulgada por Malafaia em um comunicado recente.
Em um vídeo compartilhado por Malafaia, Bolsonaro afirma: “A nossa pauta: anistia e liberdade de expressão. Até lá, se Deus quiser.” A proposta de anistia, que está sendo defendida pelo ex-presidente, refere-se aos atos de vandalismo ocorridos em Brasília, onde manifestantes depredaram as sedes dos Três Poderes.
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Atualmente, existem projetos tramitando na Câmara dos Deputados e no Senado que visam perdoar as condenações criminais dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. A proposta mais avançada está na Câmara, aguardando a instalação de uma comissão especial que ainda não foi formada.
Se aprovada, a lei poderia beneficiar Bolsonaro, embora ainda não esteja claro se as disposições se aplicariam a ele. O ex-presidente enfrenta um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) relacionado à tentativa de golpe, sendo denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por cinco crimes, que, se somados, podem resultar em mais de 43 anos de prisão.
A defesa de Bolsonaro rebateu as acusações da PGR, qualificando-as como “ineptas”, “precárias” e “incoerentes”. Os advogados do ex-presidente argumentam que as denúncias se baseiam em um acordo de colaboração considerado “fantasioso” pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência.
A Avenida Paulista já foi palco de manifestações a favor de Bolsonaro, incluindo um ato realizado em 25 de fevereiro de 2024, que ocorreu após a deflagração da Operação Tempus Veritatis, parte da investigação sobre a tentativa de golpe. No dia 7 de setembro do ano passado, outros aliados do ex-presidente também realizaram protestos no mesmo local.
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