Dados apontam que a maioria dos casos prováveis de dengue ocorreu entre mulheres e jovens adultos. São Paulo lidera em números absolutos.
03 de Fevereiro de 2025 às 14h08

Brasil registra 170 mil casos de dengue e 38 mortes em janeiro de 2025

Dados apontam que a maioria dos casos prováveis de dengue ocorreu entre mulheres e jovens adultos. São Paulo lidera em números absolutos.

O Brasil encerrou o mês de janeiro de 2025 com um total de 170.376 casos prováveis de dengue, além de 38 mortes confirmadas e 201 óbitos em investigação relacionados à doença. As informações são do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde, que revela um coeficiente de incidência de 80,1 casos para cada 100 mil habitantes.

Os dados indicam que 54% dos casos prováveis foram registrados entre mulheres, enquanto 46% ocorreram entre homens. Em termos de etnia, 51,3% dos casos foram identificados entre pessoas brancas, 32,4% entre pardos, 4,4% entre negros e 1,1% entre amarelos. Os grupos etários mais afetados são os de 20 a 29 anos, 30 a 39 anos e 40 a 49 anos.

Em relação ao número absoluto de casos, São Paulo lidera com 100.025 registros, seguido por Minas Gerais com 18.402, Paraná com 9.424 e Goiás com 8.683. No que diz respeito ao coeficiente de incidência, o Acre ocupa a primeira posição, com 391,9 casos para cada 100 mil habitantes, seguido por São Paulo (217,6), Mato Grosso (193,9) e Goiás (118,1).

Dados recentes do Ministério da Saúde mostram que, nas primeiras quatro semanas de 2025, a situação da dengue na Região Norte do Brasil permanece estável em comparação ao ano anterior, com números considerados “não muito exuberantes”. No Nordeste, houve uma leve redução nos casos, enquanto o Centro-Oeste e o Sul apresentaram uma “redução substancial”, especialmente devido à queda de casos no Distrito Federal, Goiás, Paraná e Santa Catarina.

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Rivaldo Venâncio, secretário-adjunto de Vigilância em Saúde e Ambiente, expressou preocupação com a situação no Sudeste. “Embora os números pareçam tranquilos, ao analisarmos os dados do estado de São Paulo, notamos um aumento significativo, com o dobro de casos em comparação a 2024”, afirmou.

O secretário também alertou sobre o número elevado de óbitos, tanto os confirmados quanto os que estão sob investigação. Ele destacou que, se dois terços dos 135 óbitos em investigação em São Paulo forem confirmados, a taxa de casos por óbito seria alarmante, em torno de 800 a 900 casos para cada morte.

Rivaldo comparou os dados de 2024 e 2025, revelando que o estado de São Paulo passou de quase 50 mil casos nas quatro primeiras semanas de 2024 para cerca de 100 mil no mesmo período de 2025. Em contrapartida, Minas Gerais registrou uma redução de aproximadamente 85% no número absoluto de casos, caindo de 123 mil para 16 mil.

Outro fator que contribui para o aumento dos casos é a circulação do sorotipo 3 da dengue. Rivaldo destacou que, desde julho do ano passado, a detecção desse sorotipo tem crescido mensalmente em várias regiões do Brasil, especialmente em São Paulo e, em menor escala, no Paraná. “Em localidades que ainda não registraram o sorotipo 3, é apenas uma questão de tempo”, concluiu.

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