Capitã Rebecca M. Lobach, de 28 anos, tinha mais de 450 horas de experiência em voo; acidente deixou 67 mortos.
03 de Fevereiro de 2025 às 21h58

Identidade da pilota do helicóptero que colidiu com avião em Washington é revelada

Capitã Rebecca M. Lobach, de 28 anos, tinha mais de 450 horas de experiência em voo; acidente deixou 67 mortos.

O Exército dos Estados Unidos confirmou a identidade da pilota do helicóptero Black Hawk que colidiu com um jato comercial da American Airlines na última quarta-feira, 29 de janeiro, em Washington. A Capitã Rebecca M. Lobach, de 28 anos, natural de Durham, Carolina do Norte, foi uma das três vítimas militares do acidente, que resultou na morte de todas as 64 pessoas a bordo da aeronave comercial.

A colisão ocorreu quando o helicóptero se preparava para pousar no Aeroporto Nacional Ronald Reagan. Ambas as aeronaves caíram no rio Potomac, e equipes de resgate ainda trabalham na recuperação dos corpos e destroços. Até o momento, 55 das 67 vítimas foram identificadas.

Inicialmente, o Exército havia optado por não divulgar o nome de Lobach em respeito a um pedido de privacidade da família. No entanto, no último sábado, a família emitiu uma declaração destacando as realizações e qualidades da capitã, que se formou pelo ROTC da Universidade da Carolina do Norte e ingressou no Exército em janeiro de 2019.

Rebecca Lobach acumulou mais de 450 horas de voo e era certificada como pilota em comando. Durante sua carreira, atuou como líder de pelotão e oficial executiva no 12º Batalhão de Aviação, localizado em Fort Belvoir, Virgínia. No momento do acidente, ela estava passando por seu voo de avaliação anual, com o Suboficial Chefe 2 Andrew Loyd Eaves servindo como seu avaliador.

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Os outros dois tripulantes do helicóptero, Eaves, de 39 anos, e o Sargento Ryan Austin O'Hara, de 28 anos, também perderam a vida na tragédia. O acidente gerou uma onda de comoção e discussões, especialmente após declarações do ex-presidente Donald Trump, que atribuiu a culpa à diversidade nas Forças Armadas, sem apresentar provas concretas.

A investigação do acidente está em andamento. De acordo com uma análise preliminar da Administração Federal de Aviação (FAA), a torre de controle do aeroporto operava com uma equipe reduzida na noite da colisão, o que pode ter comprometido a gestão do tráfego aéreo. Relatos indicam que apenas um controlador de voo estava monitorando a aproximação das aeronaves, quando o mínimo recomendado para aquele horário seria dois.

As caixas-pretas do jato comercial foram localizadas e encaminhadas para análise pelo Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB). A agência avaliará o gravador de voz da cabine e os dados de voo para determinar as causas da tragédia. Um relatório preliminar deve ser divulgado nos próximos 30 dias.

O acidente trouxe à tona discussões sobre a segurança aérea nos Estados Unidos e a necessidade de revisão de procedimentos em situações de tráfego intenso. Especialistas e internautas têm debatido o ocorrido nas redes sociais, levantando teorias sobre a dinâmica do acidente e a resposta das tripulações.

As investigações continuam, e as autoridades estão comprometidas em esclarecer os detalhes do acidente que chocou a nação e deixou famílias devastadas pela perda de entes queridos.

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