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Revista Time destaca Elon Musk em capa com mesa presidencial dos EUA
Edição da Time retrata Elon Musk como figura de poder em meio a conflitos com agências federais.
A revista Time divulgou nesta sexta-feira (7) a capa de sua próxima edição, que apresenta o bilionário Elon Musk sentado à mesa presidencial da Casa Branca. A imagem simboliza a crescente influência de Musk na política americana, especialmente em relação ao governo do presidente Donald Trump.
A capa é acompanhada de uma matéria que explora as movimentações de Musk e do que é chamado de DOGE (Departamento de Eficiência Governamental), um grupo não oficial que busca desburocratizar processos e reduzir gastos do governo. A revista sugere que Musk está em uma espécie de "guerra" contra Washington, desafiando a estrutura tradicional do governo.
Segundo a reportagem, a equipe de Musk passou vários dias na sede da USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional) em busca de acesso a informações sensíveis, um pedido que foi negado. Após a recusa, Musk utilizou sua rede social X (anteriormente conhecida como Twitter) para declarar que “a USAID é uma organização criminosa”.
O impacto dessa declaração foi imediato: em menos de uma semana, a maioria dos funcionários da USAID foi colocada em licença e os escritórios da agência ao redor do mundo foram fechados. A Time destaca que essa situação levanta preocupações sobre o poder que um cidadão não eleito pode exercer sobre a máquina pública.
“Essas são apenas as primeiras ondulações em uma onda antigovernamental massiva. Orçamentos serão hackeados. Programas valiosos serão eliminados. Servidores públicos de carreira serão expurgados, substituídos por nomeados políticos cuja qualificação primária é fidelidade aparente ao presidente”, afirma a matéria.
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A Time também caracteriza o DOGE como um “grupo de assessores temporários sem estatuto, sem site e sem autoridade legal clara”, enfatizando a falta de transparência e a fragilidade da estrutura que Musk está promovendo dentro do governo.
Além disso, a revista alerta para as possíveis consequências dessa nova dinâmica: cortes orçamentários, encerramento de programas governamentais e a substituição de servidores públicos por aliados políticos do presidente Trump. “Esse é o caminho que o eleitorado escolheu”, conclui a reportagem.
Com a crescente influência de Musk, que é conhecido por sua atuação em empresas como Tesla e SpaceX, a situação gera um clima de incerteza sobre como as interações entre o governo e a sociedade civil podem mudar nos próximos anos.
Os impactos dessas mudanças podem se estender além das fronteiras dos Estados Unidos, afetando milhões de pessoas ao redor do mundo que dependem de programas de assistência do governo americano. A revista destaca que agricultores e empresas que costumavam contar com o apoio da USAID podem enfrentar dificuldades inesperadas, o que pode resultar em um cenário de crise humanitária em algumas regiões.
À medida que a situação se desenrola, a atenção se volta para como o governo e a sociedade irão reagir a essa nova realidade, onde a influência de figuras como Musk pode redefinir o papel do Estado.
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