Após a confissão de um pastor sobre o assassinato de uma adolescente de 13 anos, moradores do Bairro Metropolitano reagem com violência.
12 de Fevereiro de 2025 às 07h12

Moradores de Ribeirão das Neves incendeiam carro e casa de pastor acusado de homicídio

Após a confissão de um pastor sobre o assassinato de uma adolescente de 13 anos, moradores do Bairro Metropolitano reagem com violência.

Na noite de terça-feira (11), moradores do Bairro Metropolitano, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, atearam fogo no carro e na casa do pastor João das Graças Pachola, após o homem confessar o estupro e o assassinato da adolescente Stefany Vitoria Teixeira Ferreira, de apenas 13 anos. A jovem estava desaparecida desde domingo (9).

De acordo com informações da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), a corporação foi acionada às 20h05 para atender a uma ocorrência de incêndio na Rua Américo Vespúcio, onde encontraram o veículo do pastor, um Chevrolet Crossfox, em chamas, além de parte da fachada de sua residência. O Corpo de Bombeiros também foi chamado e controlou o fogo por volta das 21h30.

Os policiais relataram que o carro estava obstruindo a via, dificultando o trânsito local. Após o incêndio, a lataria do veículo foi removida por um reboque. As autoridades acreditam que os incêndios foram provocados por uma ação popular, mas os responsáveis ainda não foram identificados.

As chamas foram deflagradas após a divulgação de investigações da Polícia Civil (PCMG), que apontaram João das Graças Pachola como o responsável pelo crime. O pastor admitiu sua culpa e indicou o local onde o corpo da adolescente foi encontrado, em uma área de mata na divisa entre Esmeraldas e Ribeirão das Neves.

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João, que atuava como pastor na comunidade, foi preso em Contagem. A adolescente, que costumava frequentar a igreja do homem junto com sua família, estava desaparecida desde a tarde de domingo, quando saiu para visitar uma amiga.

A mãe de Stefany relatou que mudou a família de igreja ao perceber comportamentos suspeitos do pastor em relação à filha. Em entrevista à TV Alterosa, Kelen Suelen dos Santos, moradora da região há 26 anos, expressou a preocupação da comunidade: “Estamos em estado de choque. Ele é pastor e fazia escolinha de crianças. O meu filho tem quatro anos e ele carregou meu filho por um ano. A escola saía às 17h10 e ele entregava meu filho às 18h40. Não sabemos o que ele já aprontou, se molestou as crianças dentro da escolinha. Estamos muito assustados e queremos justiça”.

A repercussão do caso gerou um clima de tensão e revolta entre os moradores, que exigem respostas e justiça para a tragédia que abalou a comunidade. O caso continua sendo investigado pela Polícia Civil, que busca esclarecer todos os detalhes do crime e a extensão das ações do pastor.

A tragédia envolvendo a adolescente Stefany e as reações da comunidade ressaltam a necessidade de um olhar atento sobre a segurança e a proteção das crianças e adolescentes nas comunidades, além do papel das instituições religiosas na sociedade.

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