
Intensa onda de calor no Brasil pode gerar sensação térmica de até 70ºC
Entre os dias 12 e 21 de fevereiro, regiões do Sudeste e Sul enfrentarão temperaturas extremas, com impactos significativos na saúde.
Uma intensa onda de calor está prevista para atingir o Brasil entre os dias 12 e 21 de fevereiro, com foco nas regiões Sudeste e Sul. No entanto, os efeitos do fenômeno também devem ser sentidos no Centro-Oeste e no Nordeste, gerando preocupação entre moradores e autoridades locais.
De acordo com a tabela de Climatologia Aplicada da Universidade de São Paulo (USP), a sensação térmica em algumas cidades pode superar os 70ºC, um nível alarmante que pode afetar a saúde pública. A combinação de altas temperaturas e umidade relativa do ar é crucial para entender essa realidade. Em Porto Alegre, por exemplo, as temperaturas podem alcançar 39ºC, com umidade em torno de 95%, resultando em uma sensação térmica de até 70ºC.
Em São Paulo, as máximas previstas variam entre 34ºC e 35ºC, mas a umidade elevada, que pode chegar a 85%, pode fazer com que a população sinta um calor equivalente a mais de 50ºC. Já no Rio de Janeiro, as temperaturas também devem atingir 39ºC, com umidade em 88%, levando a uma sensação térmica de até 66ºC.
A sensação térmica é um conceito que reflete como os seres humanos percebem a temperatura ambiente, levando em conta fatores como umidade e vento. Segundo Maria Clara Sassaki, especialista em clima da Tempo OK, “a sensação térmica é calculada a partir de uma fórmula que envolve temperatura e umidade”, o que explica a discrepância entre a temperatura real e a sensação sentida pela população.


As consequências dessa onda de calor podem ser severas. O calor extremo pode agravar condições de saúde preexistentes, como doenças cardiovasculares e respiratórias. Além disso, o aumento no uso de sistemas de ar condicionado pode sobrecarregar as redes elétricas, resultando em cortes de energia que agravam ainda mais a situação.
Para enfrentar essa onda de calor, as autoridades recomendam que a população tome precauções, como manter-se hidratada, evitar exposição direta ao sol nos horários mais quentes e usar roupas leves. As prefeituras também devem implementar medidas como a abertura de centros de acolhimento e a distribuição de água potável.
Além das ações imediatas, é fundamental que as cidades adotem estratégias de urbanização mais verdes, como a criação de parques e a implementação de coberturas vegetais em edifícios, para mitigar o impacto do calor intenso e aumentar a resiliência das áreas urbanas frente às mudanças climáticas.
As previsões indicam que a onda de calor deve se intensificar nos próximos dias, e a população deve estar atenta às atualizações meteorológicas e às orientações das autoridades de saúde e segurança.
Veja também: