Entre os dias 12 e 21 de fevereiro, regiões do Sudeste e Sul enfrentarão temperaturas extremas, com impactos significativos na saúde.
12 de Fevereiro de 2025 às 08h22

Intensa onda de calor no Brasil pode gerar sensação térmica de até 70ºC

Entre os dias 12 e 21 de fevereiro, regiões do Sudeste e Sul enfrentarão temperaturas extremas, com impactos significativos na saúde.

Uma intensa onda de calor está prevista para atingir o Brasil entre os dias 12 e 21 de fevereiro, com foco nas regiões Sudeste e Sul. No entanto, os efeitos do fenômeno também devem ser sentidos no Centro-Oeste e no Nordeste, gerando preocupação entre moradores e autoridades locais.

De acordo com a tabela de Climatologia Aplicada da Universidade de São Paulo (USP), a sensação térmica em algumas cidades pode superar os 70ºC, um nível alarmante que pode afetar a saúde pública. A combinação de altas temperaturas e umidade relativa do ar é crucial para entender essa realidade. Em Porto Alegre, por exemplo, as temperaturas podem alcançar 39ºC, com umidade em torno de 95%, resultando em uma sensação térmica de até 70ºC.

Em São Paulo, as máximas previstas variam entre 34ºC e 35ºC, mas a umidade elevada, que pode chegar a 85%, pode fazer com que a população sinta um calor equivalente a mais de 50ºC. Já no Rio de Janeiro, as temperaturas também devem atingir 39ºC, com umidade em 88%, levando a uma sensação térmica de até 66ºC.

A sensação térmica é um conceito que reflete como os seres humanos percebem a temperatura ambiente, levando em conta fatores como umidade e vento. Segundo Maria Clara Sassaki, especialista em clima da Tempo OK, “a sensação térmica é calculada a partir de uma fórmula que envolve temperatura e umidade”, o que explica a discrepância entre a temperatura real e a sensação sentida pela população.

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As consequências dessa onda de calor podem ser severas. O calor extremo pode agravar condições de saúde preexistentes, como doenças cardiovasculares e respiratórias. Além disso, o aumento no uso de sistemas de ar condicionado pode sobrecarregar as redes elétricas, resultando em cortes de energia que agravam ainda mais a situação.

Para enfrentar essa onda de calor, as autoridades recomendam que a população tome precauções, como manter-se hidratada, evitar exposição direta ao sol nos horários mais quentes e usar roupas leves. As prefeituras também devem implementar medidas como a abertura de centros de acolhimento e a distribuição de água potável.

Além das ações imediatas, é fundamental que as cidades adotem estratégias de urbanização mais verdes, como a criação de parques e a implementação de coberturas vegetais em edifícios, para mitigar o impacto do calor intenso e aumentar a resiliência das áreas urbanas frente às mudanças climáticas.

As previsões indicam que a onda de calor deve se intensificar nos próximos dias, e a população deve estar atenta às atualizações meteorológicas e às orientações das autoridades de saúde e segurança.

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