Coreia do Sul retira DeepSeek das lojas de aplicativos para revisão de privacidade
Agência de proteção de dados sul-coreana examina práticas de tratamento de dados da startup chinesa.
As autoridades da Coreia do Sul anunciaram nesta segunda-feira, 17, a remoção da plataforma de inteligência artificial (IA) DeepSeek das lojas de aplicativos locais. A decisão foi tomada enquanto o país revisa as práticas de tratamento de dados dos usuários pela startup chinesa.
Choi Jang-hyuk, vice-presidente da Comissão de Proteção de Informações Pessoais da Coreia do Sul, afirmou que a medida visa “examinar em detalhe as práticas de processamento de dados da DeepSeek para garantir que estejam em conformidade” com a legislação local. A startup lançou seu chatbot R1 em janeiro, prometendo funcionalidades semelhantes às de concorrentes ocidentais a um custo reduzido.
A Coreia do Sul, assim como outros países, como França e Itália, expressou preocupações sobre a privacidade dos dados geridos pela DeepSeek, especialmente após o lançamento do chatbot, que impressionou pelo desempenho.
De acordo com a comissão, a adequação do aplicativo chinês às leis sul-coreanas “inevitavelmente levará um tempo significativo”. A agência recomendou que a DeepSeek suspendesse temporariamente seu serviço enquanto realiza as melhorias necessárias.
Desde sábado, o DeepSeek não está disponível para download nas lojas de aplicativos, mas continua acessível para os usuários que já o tinham instalado. A comissão de proteção de dados orientou esses usuários a “utilizar o serviço com cautela até que os resultados finais da revisão sejam anunciados”, aconselhando-os a evitar inserir informações pessoais no aplicativo.
A decisão de retirar o DeepSeek das lojas de aplicativos reflete uma crescente preocupação global com a segurança dos dados pessoais, especialmente em relação a empresas de tecnologia chinesas. Nos últimos dias, vários ministérios e órgãos do governo sul-coreano bloquearam o acesso ao DeepSeek em seus dispositivos.
Além da Coreia do Sul, outros países como Itália e Austrália também tomaram medidas contra a plataforma, com a Itália iniciando uma investigação sobre o modelo R1 e a Austrália banindo o uso do DeepSeek em dispositivos governamentais.
Em resposta a essas ações, o governo chinês manifestou sua oposição à “politização de questões econômicas, comerciais e tecnológicas”, reiterando que nunca exigiu que empresas ou indivíduos coletassem ou armazenassem dados de forma ilegal.
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