A compra da marca Suvinil, antes da Basf, fortalece a presença da Sherwin-Williams no mercado de tintas brasileiro.
18 de Fevereiro de 2025 às 07h20

Sherwin-Williams adquire Suvinil por US$ 1,15 bilhão e se torna líder no Brasil

A compra da marca Suvinil, antes da Basf, fortalece a presença da Sherwin-Williams no mercado de tintas brasileiro.

A Sherwin-Williams, renomada empresa norte-americana do setor de tintas, anunciou nesta segunda-feira (17) a aquisição da Suvinil, uma das principais marcas do mercado brasileiro de tintas, anteriormente pertencente à multinacional alemã Basf. A transação, avaliada em US$ 1,15 bilhão, também inclui a marca Glasu!, ampliando significativamente o portfólio da Sherwin-Williams no Brasil.

Com a venda, a Basf se retira das operações de B2C (business to consumer) no Brasil, conforme sua estratégia de focar em insumos químicos e soluções industriais. A decisão de desinvestir da Suvinil foi anunciada em setembro de 2024, quando a Basf revelou sua intenção de reestruturar seus negócios no país.

A Sherwin-Williams, que até então detinha apenas 6% do mercado de tintas no Brasil, agora se torna a líder do setor, superando a Suvinil, que detém 35% do mercado, e a Coral, da fabricante holandesa AkzoNobel, que possui 28%. A aquisição representa um passo estratégico para a empresa, que busca expandir sua atuação na América Latina.

A marca Suvinil, criada em 1961 pelo empresário Olócio Bueno, é amplamente reconhecida e respeitada no Brasil, o que a torna um ativo valioso para a Sherwin-Williams. A expectativa é que a transação seja concluída no segundo semestre de 2025, sujeita à aprovação de órgãos regulatórios, como o CADE.

- CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE -

Heidi Petz, presidente-executiva da Sherwin-Williams, destacou a importância da aquisição, afirmando que “os negócios da Suvinil são altamente complementares aos nossos na América Latina, com marcas reconhecidas e confiáveis”. A operação, que emprega cerca de 1.000 funcionários em duas fábricas localizadas no Nordeste e no Sudeste, gerou uma receita líquida de US$ 525 milhões (aproximadamente R$ 3 bilhões) no último ano.

O mercado de tintas decorativas no Brasil movimenta cerca de R$ 12 bilhões anualmente, e a compra da Suvinil é vista como uma oportunidade para a Sherwin-Williams fortalecer sua presença neste segmento em crescimento, especialmente em um momento em que o setor da construção civil está em alta, impulsionado por programas federais como o Minha Casa Minha Vida.

Além disso, a Sherwin-Williams já atua no Brasil com outras marcas, como Lazzuril, NovaCor e KemTone, e a integração da Suvinil ao seu portfólio pode resultar em sinergias operacionais e de custos, melhorando os resultados futuros da empresa.

O Citi atuou como assessor financeiro da Sherwin-Williams, enquanto a Basf foi assessorada pelo Deutsche Bank. A transação é um reflexo das estratégias de ambas as empresas em um mercado cada vez mais competitivo.

Veja também:

Tópicos: