Tremor de média intensidade ocorreu às 9h14 e foi sentido por moradores da região; não há motivo para pânico.
02 de Março de 2025 às 11h39

Terremoto de 4,5 graus é registrado em Poconé, Mato Grosso, neste sábado

Tremor de média intensidade ocorreu às 9h14 e foi sentido por moradores da região; não há motivo para pânico.

Um terremoto de 4,5 graus na Escala Richter foi registrado neste sábado (1º de março) na cidade de Poconé, localizada a cerca de 104 km de Cuiabá, capital de Mato Grosso. O evento sísmico, considerado de média intensidade, foi monitorado pela Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) e ocorreu às 9h14, conforme informações do Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP).

Moradores da região relataram ter sentido o tremor. O comerciante Deni Geloni afirmou que o abalo sísmico durou apenas alguns segundos, mas foi intenso. “Conversei com o pessoal, vizinhos e todos sentiram. Durou uns três ou quatro segundos, foi rápido mas forte e balanço tudo!” disse Geloni.

Marcelo Peres Rocha, professor do Observatório Sismológico do Instituto de Geociências da Universidade de Brasília (UnB), explicou que o tremor ocorreu em uma das áreas sísmicas do Brasil, mas não há razão para pânico. “Essa região do Pantanal é uma área de afinamento litosférico, onde os esforços acumulados pelos processos tectônicos são liberados com maior facilidade. Apesar disso, não estamos em uma borda de placa, onde terremotos de maior magnitude ocorrem”, esclareceu o especialista.

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O último tremor significativo registrado em Mato Grosso aconteceu em Ribeirão Cascalheira, no dia 24 de abril de 2024, com uma magnitude de 3,2. A região tem um histórico de atividade sísmica, com 19 eventos registrados nos últimos anos, sendo o maior deles um terremoto de 5,4 graus em 1964.

De acordo com o Serviço Geológico do Brasil, um terremoto de baixa intensidade é classificado como abalo sísmico ou tremor de terra, mas a origem e a natureza dos fenômenos são as mesmas, diferenciando-se apenas pela extensão da área de ruptura.

Os terremotos geram ondas sísmicas que se propagam em todas as direções, podendo ser de dois tipos: ondas primárias (ondas P) e ondas secundárias (ondas S). A magnitude dos sismos é medida pela Escala Richter, que foi criada em 1935 pelo sismólogo Charles Richter.

Embora eventos sísmicos sejam comuns em algumas regiões do Brasil, a população é orientada a manter a calma e seguir as recomendações das autoridades locais em caso de tremores.

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