Uma mulher de 29 anos, residente na Região Metropolitana, apresenta boa evolução clínica e deve receber alta em breve.
08 de Março de 2025 às 11h40

São Paulo registra primeiro caso da nova cepa da Mpox, clado 1b, no Brasil

Uma mulher de 29 anos, residente na Região Metropolitana, apresenta boa evolução clínica e deve receber alta em breve.

O estado de São Paulo confirmou o primeiro caso da nova cepa da Mpox, identificada como clado 1b, no Brasil. A paciente, uma mulher de 29 anos, é residente da Região Metropolitana de São Paulo e apresenta boa evolução clínica, devendo receber alta na próxima semana.

A mulher não realizou viagens recentes para áreas com surtos conhecidos da doença, mas teve contato com familiares que vieram da República Democrática do Congo, onde a cepa circula de forma endêmica. As autoridades de saúde estão investigando como a infecção chegou ao país, com a vigilância epidemiológica atuando para rastrear possíveis contatos.

Luiz Carlos Pereira Júnior, diretor do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, confirmou que os exames da paciente indicam a infecção pela cepa que causou surtos prolongados no Congo e em países vizinhos. O especialista tranquiliza a população, afirmando que o momento não é de pânico, já que a doença possui baixa letalidade e não há indícios de alta transmissibilidade no Brasil.

“Podemos afirmar que este não é um momento de alarme. Em vários países, os contatos dos primeiros casos foram monitorados e a doença foi contida. Fora do Congo, onde a prevalência é maior, o clado 1b não se estabeleceu. Nossa vigilância é robusta”, destacou Pereira Júnior.

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A paciente inicialmente buscou atendimento em outra unidade de saúde, onde recebeu alta com a recomendação de permanecer em isolamento por três semanas. Devido ao desconforto causado pelas lesões, foi encaminhada ao Instituto Emílio Ribas. O especialista ressaltou que a circulação da paciente fora dos serviços de saúde não aumenta o risco de disseminação da doença, que geralmente requer contato íntimo com pessoas infectadas.

Os sintomas da Mpox incluem febre, dores musculares, cansaço e linfonodos inchados, além de erupções cutâneas que podem aparecer no rosto e se espalhar pelo corpo. Os sinais costumam surgir entre 6 e 13 dias após a contaminação, podendo levar até três semanas para se manifestarem. Na maioria dos casos leves, os sintomas desaparecem espontaneamente em duas a três semanas.

A transmissão do vírus ocorre principalmente por meio do contato físico próximo com lesões na pele, fluidos corporais ou materiais contaminados. A Organização Mundial da Saúde (OMS) destacou que a disseminação global do vírus em 2022 foi facilitada pela transmissão durante relações sexuais.

As autoridades de saúde continuam monitorando a situação e reforçando as medidas de prevenção, enfatizando a importância do diagnóstico precoce e do isolamento em casos suspeitos. Desde 2022, o Brasil enfrenta a Mpox, predominantemente com a cepa clado 2, e até o momento, em 2024, foram registrados 1.126 casos sem óbitos associados à doença.

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