A empresa busca minimizar a dependência da Nvidia com novo chip dedicado ao treinamento de IA.
11 de Março de 2025 às 15h05

Meta inicia testes de chip próprio para IA visando reduzir custos com fornecedores

A empresa busca minimizar a dependência da Nvidia com novo chip dedicado ao treinamento de IA.

A Meta, proprietária das plataformas Facebook e Instagram, deu início aos testes de seu primeiro chip interno voltado para o treinamento de sistemas de inteligência artificial (IA). O objetivo é reduzir a dependência de fornecedores externos, como a Nvidia, que atualmente fornece uma quantidade significativa de unidades de processamento gráfico (GPUs) para a empresa.

O teste inicial está em andamento e, se bem-sucedido, a produção do chip será ampliada. A Meta tem como meta diminuir os custos com infraestrutura, que devem chegar a até US$ 119 bilhões em 2025, com uma parte considerável desse montante destinada a aplicações de IA.

O novo chip, um acelerador dedicado, foi projetado especificamente para tarefas relacionadas à IA, o que promete maior eficiência energética em comparação com as GPUs convencionais. Essa estratégia visa não apenas otimizar o consumo de energia, mas também reduzir os custos operacionais da empresa.

A Meta está colaborando com a TSMC, uma das principais fabricantes de semicondutores do mundo, para a produção do chip. O projeto faz parte da série Meta Training and Inference Accelerator (MTIA), que já enfrentou desafios no passado, incluindo o descarte de um chip anterior que não atendeu às expectativas.

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Com a implantação do novo chip, a Meta espera melhorar o desempenho de seus sistemas de recomendação, que são fundamentais para a experiência do usuário nas redes sociais. A empresa já utiliza chips MTIA para inferência, que é o processo de execução de sistemas de IA enquanto os usuários interagem com eles.

Embora a Meta tenha enfrentado dificuldades com chips personalizados anteriormente, a empresa continua sendo um dos maiores clientes da Nvidia, adquirindo bilhões de dólares em GPUs para treinar seus modelos de IA, incluindo a série Llama, que é utilizada para recomendações e anúncios.

Os testes do novo chip estão programados para serem realizados em sistemas de recomendação nas plataformas Facebook e Instagram, e, posteriormente, em ferramentas de IA generativa, como o Meta AI. A expectativa é que a empresa comece a utilizar seus próprios chips para treinamento até 2026, inicialmente focando em sistemas de recomendação e, em seguida, expandindo para outras aplicações de IA.

Apesar das incertezas sobre a eficácia de continuar a expandir modelos de IA com mais poder computacional, a Meta busca inovar e otimizar seus processos internos, refletindo uma tendência crescente entre as empresas de tecnologia em desenvolver soluções próprias para reduzir custos e aumentar a eficiência.

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