
Suzane von Richthofen é cobrada pela Justiça após receber pensão dos pais
Ministério Público Federal exige ressarcimento de R$ 52.993,30 por pensão recebida indevidamente
Suzane von Richthofen, condenada a 39 anos de prisão pelo assassinato de seus pais, Marísia e Manfred von Richthofen, em 2002, enfrenta uma nova batalha judicial. O Ministério Público Federal (MPF) acionou a Justiça para cobrar dela uma dívida de R$ 52.993,30, referente a uma pensão que ela recebeu do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) entre 2002 e 2004, período em que estava presa.
Segundo informações divulgadas, Suzane alegou que já havia utilizado todo o montante recebido e que não possui condições de ressarcir o valor. A cobrança judicial, que se arrasta há anos, foi intensificada após a decisão da ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), em 2013, que determinou que a ex-presidiária devolvesse R$ 44.500 aos cofres públicos.
A situação se complicou para Suzane, que atualmente cumpre pena em regime aberto. O MPF argumenta que não é justo que uma pessoa condenada por um crime tão grave se beneficie financeiramente dele. A Justiça Federal tem enfrentado dificuldades para localizá-la, uma vez que não há um endereço fixo registrado.


Após a ordem do STF, foram realizadas tentativas de bloqueio de bens, contas bancárias e veículos de Suzane, mas até o momento, nada foi encontrado em seu nome. O valor da dívida foi inscrito na Dívida Ativa da União, e seu nome foi incluído em cadastros de inadimplentes, como o Serasa.
De acordo com informações, Suzane foi vista em diversas cidades do interior de São Paulo, como Angatuba e Bragança Paulista, mas continua sem um endereço fixo que facilite a localização pela Justiça. A última atualização do processo ocorreu em 14 de fevereiro de 2025, quando a Justiça reiterou a necessidade de pagamento e continuou as buscas por bens que poderiam ser penhorados.
Embora esteja inscrita na Dívida Ativa, Suzane conseguiu, em 2024, um financiamento pelo FIES para cursar uma faculdade particular, o que levanta questionamentos sobre sua situação financeira. O programa de financiamento é destinado a estudantes que não têm condições de arcar com os custos de instituições privadas, mas normalmente, dívidas com a União poderiam impedir o acesso a esse benefício.
Procurada para comentar sobre o caso, a Receita Federal informou que não pode se pronunciar sobre casos específicos devido ao sigilo fiscal. A situação de Suzane von Richthofen continua a ser monitorada pela Justiça, que busca resolver a questão da dívida acumulada.
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