Bruno Henrique é indiciado por suposto envolvimento em esquema de apostas
Atacante do Flamengo é investigado por receber cartões amarelos suspeitos em partida
O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, foi indiciado pela Polícia Federal por suposta participação em um esquema de apostas fraudulentas relacionado à partida entre Flamengo e Santos, ocorrida em novembro de 2023. A investigação, parte da operação denominada “Spot-fixing”, apura irregularidades envolvendo a entrega de cartões amarelos durante a partida.
Na ocasião, Bruno recebeu um cartão amarelo nos acréscimos do segundo tempo, considerado suspeito pela polícia. O jogador, que atuou por mais de 100 minutos, foi advertido por uma falta e, em seguida, expulso após ofender o árbitro Rafael Rodrigo Klein. O árbitro registrou na súmula que Bruno o ofendeu com palavras ofensivas durante a partida.
A Polícia Federal identificou uma troca de mensagens entre Bruno Henrique e seu irmão, Wander Nunes Pinto Júnior, na qual discutem a possibilidade de o jogador receber um cartão amarelo. Essa comunicação levantou suspeitas sobre a intenção de manipular o resultado da partida para beneficiar apostas feitas por familiares e amigos do atleta.
Além de Bruno e Wander, outras oito pessoas foram indiciadas, incluindo a cunhada de Bruno, Ludymilla Araújo Lima, e a prima Poliana Ester Nunes Cardoso. Todos estão sendo investigados por estelionato e fraude em competição esportiva, com o intuito de obter ganhos financeiros a partir de apostas.
O Flamengo, por sua vez, se manifestou em nota, afirmando que não foi oficialmente comunicado sobre a investigação e reiterou seu compromisso com as regras de fair play. O clube enfatizou a importância do devido processo legal e da presunção de inocência, princípios fundamentais em um estado democrático de direito.
A operação “Spot-fixing” foi desencadeada após alertas de casas de apostas sobre a quantidade de apostas relacionadas ao cartão amarelo recebido por Bruno. A Polícia Federal, em colaboração com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Distrito Federal, realizou buscas em endereços ligados ao jogador, resultando na apreensão de celulares, computadores e documentos.
Bruno Henrique, em declarações anteriores, afirmou ser inocente e expressou sua confiança na justiça. Ele destacou que sempre teve fé em Deus e que espera que a verdade prevaleça. Apesar do indiciamento, o jogador ainda não se manifestou publicamente após a nova fase da investigação.
A investigação continua, e o Ministério Público do Distrito Federal decidirá se apresentará denúncia formal contra os envolvidos. A situação gera repercussões não apenas para Bruno Henrique, mas também para o Flamengo, que enfrenta um momento delicado em sua história.
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