
Polícia Civil captura oitavo suspeito do assassinato do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes
Josué Nildo da Silva, de 47 anos, foi preso em Itanhaém e é acusado de ser um dos atiradores do crime ocorrido em setembro.
A Polícia Civil de São Paulo prendeu, na madrugada desta terça-feira (21), o oitavo suspeito de envolvimento na execução do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, assassinado em Praia Grande no último dia 15 de setembro. O homem, identificado como Josué Nildo da Silva, de 47 anos, foi capturado em Itanhaém, no litoral sul do estado, após ser visto em uma das casas que serviram de abrigo para os criminosos.
Segundo o delegado-geral da Polícia Civil, Artur Dian, Nildo foi abordado armado e usando um colete à prova de balas. Ele estava acompanhado de uma mulher, que não foi localizada. “Acreditamos que ele possa ser um dos atiradores. Ele era investigado e se dirigiu a uma das residências utilizadas pela quadrilha após o crime”, afirmou Dian.
O ex-delegado Ruy Ferraz, que ocupava o cargo de secretário de Administração da Prefeitura de Praia Grande desde sua aposentadoria, foi morto a tiros de fuzil em uma emboscada. A investigação aponta que ele foi alvo de uma ação planejada, possivelmente relacionada à sua longa trajetória no combate ao crime organizado, especialmente ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
Até o momento, sete outros suspeitos já foram detidos. O mais recente, Danilo Pereira Pena, conhecido como “Matemático”, foi preso em uma hospedaria no Morumbi, Zona Sul de São Paulo. Ele é acusado de ter organizado parte da operação criminosa e de ter dado ordens para outros envolvidos no crime.


As investigações revelam que Ruy Ferraz estava sendo monitorado pelos criminosos há mais de um mês antes de sua morte. Imagens de câmeras de segurança mostram que um dos veículos utilizados na execução foi flagrado na região no dia 18 de agosto. Além disso, as autoridades identificaram que as casas usadas pela quadrilha foram alugadas especificamente para a logística do crime.
O ex-delegado, que dedicou mais de 40 anos à Polícia Civil, foi um dos principais nomes no combate ao PCC e liderou investigações que resultaram na prisão de diversos membros da facção. Sua morte gerou grande repercussão e levantou preocupações sobre a segurança de ex-agentes da lei, especialmente aqueles que atuaram contra o crime organizado.
Ruy Ferraz foi executado após deixar seu expediente na prefeitura, onde trabalhava na administração municipal. Ele foi atingido por pelo menos 12 disparos enquanto dirigia. As motivações por trás do assassinato ainda estão sendo apuradas, mas as autoridades não descartam a possibilidade de vingança por sua atuação na polícia.
As investigações continuam em andamento, com a expectativa de que mais detalhes sobre a organização criminosa e os envolvidos no assassinato de Ruy Ferraz sejam revelados nas próximas semanas.
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