Claudia Sheinbaum enviará carta ao presidente eleito dos EUA pedindo diálogo sobre tarifas que ameaçam a economia mexicana.
26 de Novembro de 2024 às 14h11

Presidente do México alerta sobre riscos de tarifas de Trump para a economia regional

Claudia Sheinbaum enviará carta ao presidente eleito dos EUA pedindo diálogo sobre tarifas que ameaçam a economia mexicana.

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, manifestou preocupação nesta terça-feira sobre as tarifas que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, pretende impor sobre produtos mexicanos e canadenses. Em coletiva de imprensa, Sheinbaum anunciou que enviará uma carta a Trump, solicitando diálogo e cooperação entre os países, em resposta à proposta de tarifas de 25%.

Durante a declaração, Sheinbaum enfatizou que a imposição de tarifas pode desencadear uma série de represálias, afirmando: "Para uma tarifa virá outra e assim por diante, até colocarmos nossos negócios comuns em risco." A presidente destacou que essa situação poderia resultar em inflação e perda de empregos nos dois países.

Trump fez a promessa de tarifas na noite de segunda-feira, justificando sua decisão com a alegação de que o México não estaria fazendo o suficiente para conter a entrada de drogas e imigrantes ilegais pela fronteira compartilhada. Essa postura gerou uma onda de apreensão entre os líderes mexicanos, que temem as consequências econômicas.

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Sheinbaum também apontou que as tarifas poderiam violar o Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA), um tratado assinado em 2020, que visa regular o comércio entre as três nações. A presidente frisou que o México sempre se mostrou disposto a colaborar no combate à epidemia de fentanil nos EUA e que, contrariamente às alegações de Trump, as apreensões de imigrantes na fronteira têm diminuído.

Em uma análise mais ampla, Sheinbaum observou que, apesar dos esforços do governo mexicano, grupos criminosos continuam a receber armas dos Estados Unidos, o que configura um desafio persistente. "Nós não produzimos armas, não consumimos drogas sintéticas. Infelizmente, temos as pessoas que estão sendo mortas pelo crime que está respondendo à demanda em seu país", disse a presidente, enfatizando a necessidade de uma abordagem cooperativa para enfrentar os problemas compartilhados.

Ao final de sua declaração, Sheinbaum reafirmou sua intenção de enviar a carta ainda nesta terça-feira, reforçando a importância de um diálogo construtivo entre os líderes dos dois países. A expectativa é que essa comunicação possa evitar um agravamento das tensões econômicas e sociais que as tarifas poderiam ocasionar.

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