Ex-ministro e outros 35 indivíduos foram indiciados por suposta incitação a ações golpistas
26 de Novembro de 2024 às 14h50

Braga Netto é acusado pela PF de integrar núcleos que tentaram um golpe de Estado

Ex-ministro e outros 35 indivíduos foram indiciados por suposta incitação a ações golpistas

O ex-ministro Walter Braga Netto, que foi candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro, foi apontado pela Polícia Federal (PF) como integrante de dois dos seis núcleos de uma organização criminosa que teria atuado para tentar um golpe de Estado. Braga Netto e Bolsonaro, junto a mais 35 pessoas, foram indiciados pela PF por suposta tentativa de ruptura da ordem constitucional. Ambos negam as acusações.

Segundo a PF, Braga Netto estaria envolvido no núcleo que incitava militares a se engajar no golpe e também no grupo composto por "oficiais de alta patente com influência e apoio a outros núcleos". O ex-ministro, que ocupou funções na Defesa e na Casa Civil, é general da reserva do Exército.

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O primeiro núcleo mencionado teria como objetivo identificar "alvos para amplificação de ataques pessoais contra militares em posição de comando que se opuseram aos golpistas investigados". Já o segundo núcleo atuaria "para influenciar e incitar apoio a outros núcleos de atuação por meio do endosse de ações e medidas que visassem a consumação do golpe de Estado".

Em nota divulgada no último sábado, Braga Netto declarou que "nunca se tratou de golpe e muito menos de plano de assassinar alguém" e que sempre buscou soluções dentro dos preceitos legais e constitucionais.

A PF também listou outros núcleos envolvidos na investigação, que incluem:

  • Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral
  • Jurídico
  • Operacional de Apoio às Ações Golpistas
  • Inteligência Paralela

Essas revelações surgem em um momento de crescente tensão política no país, levantando questões sobre a integridade das instituições e o respeito à democracia.

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