Ação judicial foi movida por 9 mil funcionárias que alegaram receber menos que homens em funções semelhantes.
26 de Novembro de 2024 às 16h48

Disney concorda em pagar R$ 250 milhões para encerrar processo de desigualdade salarial

Ação judicial foi movida por 9 mil funcionárias que alegaram receber menos que homens em funções semelhantes.

A Walt Disney Company anunciou um acordo judicial na última segunda-feira, 25, no valor de aproximadamente R$ 250 milhões (US$ 43 milhões) para encerrar um processo que a acusava de manter uma disparidade salarial entre homens e mulheres em suas operações na Califórnia. O caso envolveu cerca de 9 mil funcionárias, que alegaram ter recebido menos que seus colegas masculinos em funções equivalentes ao longo de quase uma década.

A origem da ação remonta a 2019, quando a funcionária LaRonda Rasmussen revelou que descobriu que seis homens em cargos similares ao seu recebiam salários significativamente mais altos. Um dos homens, com menos anos de experiência, ganhava US$ 20 mil a mais por ano do que ela, o que gerou a indignação e a mobilização das funcionárias afetadas.

A Disney, que contestou as alegações e não admitiu culpa, afirmou que sempre se comprometeu a garantir uma remuneração justa a seus funcionários. "Estamos satisfeitos por termos resolvido este assunto", disse um porta-voz da empresa em um comunicado.

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Como parte do acordo, a Disney se comprometeu a contratar um economista do trabalho para realizar uma análise da equidade salarial entre seus funcionários na Califórnia, especificamente aqueles que ocupam cargos abaixo do nível de vice-presidente. Essa análise será realizada ao longo de três anos, e qualquer discrepância identificada deverá ser corrigida.

Lori Andrus, sócia do escritório de advocacia que representou as funcionárias, elogiou as mulheres que se uniram para levantar a questão da desigualdade salarial. "Elas arriscaram suas carreiras para expor a disparidade salarial na Disney", declarou em um comunicado.

A Disney já havia realizado uma revisão de suas políticas de remuneração em 2022, que indicou que as mulheres na empresa recebiam 99,4% do salário dos homens. A empresa argumentou que a ação não deveria ser classificada como uma ação coletiva, uma vez que os salários são definidos por diversos gerentes em várias divisões.

O acordo ainda está sujeito à aprovação do juiz, que avaliará os termos estabelecidos entre as partes. O desfecho desse caso pode ter implicações significativas para a indústria do entretenimento e para a luta contínua pela igualdade salarial.

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