Operação Rental cumpre mandados de prisão e busca em cinco estados e no DF contra grupo criminoso
27 de Novembro de 2024 às 15h24

Polícia civil desmantela quadrilha que aplicou golpes em locadoras de veículos no DF

Operação Rental cumpre mandados de prisão e busca em cinco estados e no DF contra grupo criminoso

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou nesta quarta-feira (27) a Operação Rental, com o objetivo de desmantelar uma quadrilha especializada em aplicar golpes em locadoras de veículos. A ação resultou no cumprimento de 24 mandados de prisão e 37 de busca e apreensão em cinco estados e no Distrito Federal.

De acordo com as investigações, o grupo utilizava documentos falsos e identidades fictícias para alugar veículos em grandes locadoras. Após a retirada dos automóveis, os criminosos os revendiam ou alugavam ilegalmente por meio de plataformas digitais. Para dificultar a localização dos veículos, os rastreadores eram removidos, o que complicava a recuperação pelos proprietários.

A quadrilha, que é considerada altamente organizada, é suspeita de ter movimentado mais de R$ 20 milhões em transações fraudulentas, com pelo menos 300 veículos envolvidos. Os investigadores revelaram que os integrantes da organização utilizavam empresas de fachada e contas bancárias vinculadas a CPFs falsos para movimentar os recursos ilícitos.

O esquema criminoso era liderado por uma família residente em Sobradinho, que tinha um histórico criminal significativo. O patriarca da família, que usava tornozeleira eletrônica, e seus filhos eram os principais responsáveis pela execução das fraudes. Durante a operação, a polícia apreendeu 17 carros de luxo e um jet ski, além de bloquear R$ 5 milhões em contas dos suspeitos.

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As investigações começaram há cerca de um ano e meio, após a PCDF receber denúncias de clientes lesados que haviam alugado veículos por plataformas digitais. Os integrantes do grupo aliciavam comparsas para realizar os aluguéis fraudulentos, e uma vez que os veículos eram adulterados, eles eram rapidamente revendidos ou alugados novamente.

Além do Distrito Federal, o grupo atuava em estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Amazonas. A polícia acredita que alguns veículos chegaram a ser exportados para outros países, utilizando rotas clandestinas pela fronteira com Mato Grosso.

Os policiais também descobriram que a quadrilha havia criado cerca de 70 contas bancárias para gerenciar o dinheiro obtido através dos golpes. Uma dessas contas movimentou cerca de R$ 170 mil. Para garantir a continuidade de suas atividades, os criminosos abriram empresas de fachada no DF, facilitando a lavagem do dinheiro oriundo das transações ilegais.

Durante as buscas realizadas, a polícia encontrou não apenas os veículos e o dinheiro, mas também armamentos e substâncias ilícitas, como haxixe e entorpecentes sintéticos, em diferentes locais de operação da quadrilha.

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