IGP-M registra alta de 1,30% em novembro, acima das expectativas do mercado
O Índice Geral de Preços-Mercado teve uma desaceleração, mas ainda superou a previsão de 1,18% dos analistas.
O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) apresentou uma alta de 1,30% em novembro, conforme dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira, 28. O resultado representa uma desaceleração em relação ao avanço de 1,52% registrado em outubro.
Embora tenha desacelerado, o IGP-M ficou acima das expectativas do mercado, que previam uma alta de 1,18%, segundo pesquisa realizada pela Reuters. Este resultado indica que o índice acumulou um aumento de 6,33% nos últimos 12 meses.
O IGP-M é um indicador importante que mede a variação dos preços ao produtor, ao consumidor e na construção civil. Ele é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.
A alta do índice foi impulsionada principalmente por commodities agropecuárias, com destaque para a carne bovina, milho e soja. No Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que representa 60% do índice geral, a variação foi de 1,74% em novembro, após uma alta de 1,94% no mês anterior.
O economista Matheus Dias, do FGV IBRE, ressaltou que “semelhante ao mês de outubro, a alta do IGP foi influenciada por commodities agropecuárias”. Entre os produtos que mais contribuíram para essa alta, a carne bovina teve um aumento de 13,57% no período, embora o avanço da carne bovina tenha recuado para 8,72%.
Além disso, os preços da soja subiram 4,80% e os do milho avançaram 8,85% em comparação ao mês anterior. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem um peso de 30% no IGP-M, apresentou uma variação positiva de 0,07% em novembro, diminuindo em relação à alta de 0,42% registrada em outubro.
Os custos de habitação e despesas diversas também mostraram recuos, enquanto os setores de alimentação e transportes apresentaram variações positivas, indicando uma dinâmica complexa nos preços ao consumidor.
Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou uma alta de 0,44% em novembro, após um aumento de 0,67% em outubro, refletindo as variações nos custos de materiais e mão de obra no setor da construção.
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