O Índice de Gerentes de Compras caiu para 52,3 em novembro, de 52,9 em outubro, apontando a menor expansão em três meses.
02 de Dezembro de 2024 às 11h46

Indústria brasileira registra desaceleração em novembro, revela pesquisa PMI

O Índice de Gerentes de Compras caiu para 52,3 em novembro, de 52,9 em outubro, apontando a menor expansão em três meses.

A indústria brasileira apresentou uma desaceleração em sua expansão em novembro, conforme aponta a mais recente pesquisa do Índice de Gerentes de Compras (PMI), divulgada nesta segunda-feira (2) pela S&P Global. O índice caiu para 52,3, descendo de 52,9 registrado em outubro, marcando a menor taxa de crescimento em três meses, embora ainda mantenha-se acima da linha de 50, que indica crescimento.

O PMI reflete a resiliência da demanda, que incentivou as empresas a aumentarem seus volumes de produção. Contudo, a pesquisa revela que a taxa de crescimento diminuiu pelo segundo mês consecutivo. O setor de bens intermediários foi o que registrou a melhora mais significativa nas condições operacionais, seguido pelos setores de bens de capital e bens de consumo.

Apesar da queda no índice, as empresas aumentaram seus volumes de produção pelo terceiro mês consecutivo, embora a um ritmo mais lento. Os dados de novembro indicam que as novas encomendas continuaram a crescer, marcando o 11º mês consecutivo de aumento na demanda.

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Entretanto, a alta nas vendas totais foi impulsionada principalmente pela demanda interna, enquanto os novos pedidos de exportação enfrentaram uma retração, interrompendo uma sequência de sete meses de crescimento. Os entrevistados relataram uma demanda enfraquecida de clientes em mercados como América do Sul, Reino Unido e Estados Unidos.

Os produtores também continuaram a contratar novos funcionários, embora a um ritmo semelhante ao de outubro, impulsionados pela melhora nas novas encomendas e pela expectativa positiva de crescimento. Com relação aos preços, os dados mostram aumentos mais moderados nos custos dos insumos e nos preços de venda, embora as taxas de inflação permaneçam elevadas.

Os custos dos insumos diminuíram para o menor nível em seis meses, mas os entrevistados mencionaram a fraqueza cambial e os altos preços de combustíveis e frete como fatores que continuam a pressionar os custos. Pollyanna De Lima, diretora associada de Economia da S&P Global Market Intelligence, comentou: “A depreciação cambial continua a exacerbar os custos para os produtores, e os resultados do PMI de novembro indicam que um novo aumento significativo nos custos de insumos levou as empresas a elevar novamente seus preços de venda”.

Os produtores brasileiros mantêm uma perspectiva otimista em relação ao futuro, com a confiança sustentada por investimentos, oportunidades de exportação e expectativas de melhoria em outros setores da economia.

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