Dados da Cepal mostram que a população da América Latina e do Caribe atingiu 663 milhões, 3,8% abaixo do esperado.
28 de Novembro de 2024 às 19h22

Crescimento da população da América Latina é menor que o previsto e totaliza 663 milhões

Dados da Cepal mostram que a população da América Latina e do Caribe atingiu 663 milhões, 3,8% abaixo do esperado.

A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) divulgou nesta quinta-feira (28) que a população da região alcançou 663 milhões de habitantes. Este número representa uma redução de 3,8% em relação às projeções feitas há duas décadas, quando se estimava que o total chegaria a 689 milhões até 2023.

O estudo, elaborado pelo observatório demográfico da Cepal, destaca que as taxas de mortalidade e fecundidade na América Latina passaram por uma significativa transformação desde a década de 1950. Naquela época, a fecundidade era alta, enquanto atualmente apresenta níveis baixos. Segundo o relatório, “A mortalidade e a fecundidade na região deixaram de ser altas para serem baixas atualmente”.

Em 2020, a população da América Latina era de 654 milhões, e o declínio na fecundidade é considerado sem precedentes. Na década de 1950, as mulheres na região tinham, em média, 5,8 filhos ao longo de seu período reprodutivo. Este número caiu drasticamente para 1,8 em 2024.

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Além disso, a fecundidade entre mulheres de 15 a 19 anos e de 20 a 24 anos apresentou uma queda em todos os países da região desde o início do século XXI. Países como Chile e Costa Rica se destacam, com reduções de 91% e 70%, respectivamente.

O adiamento da maternidade também é uma tendência crescente. Enquanto em 2000 a maioria das mulheres tinha filhos aos 21 anos, a idade média para a maternidade em 2024 é de 24 anos. As projeções da Cepal indicam que essa idade pode chegar a 28 anos até 2050.

Paralelamente ao declínio nas taxas de natalidade, a população da América Latina está envelhecendo rapidamente. Há setenta anos, metade da população tinha 18 anos; atualmente, a média de idade é de 31 anos. A Cepal alerta que “o envelhecimento afeta todas as áreas da política pública e, sobretudo, causa um aumento na demanda por serviços de cuidados de longo prazo”.

Esses dados ressaltam a necessidade de um planejamento adequado por parte dos governos da região, considerando as mudanças demográficas e suas implicações sociais e econômicas.

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