Inflação na zona do euro atinge 2,3% em novembro, superando meta do BCE
Dados da Eurostat mostram que a inflação na zona do euro subiu para 2,3% em novembro, superando a meta do Banco Central Europeu.
A inflação ao consumidor na zona do euro, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (CPI), registrou uma aceleração em novembro, alcançando uma taxa anual de 2,3%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 29, pela Eurostat, a agência de estatísticas da União Europeia.
Esse resultado representa um aumento em relação ao mês anterior, quando a inflação foi de 2,0%. Apesar de ter superado a meta do Banco Central Europeu (BCE), que é de 2%, o número ficou levemente abaixo das expectativas de analistas, que previam uma alta de 2,4% segundo a FactSet.
O núcleo da inflação, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, permaneceu estável em 2,7%. Em um cenário onde os preços da energia apresentaram uma queda menos acentuada em novembro, o aumento geral na inflação foi influenciado principalmente pelos serviços, que mostraram uma taxa de 3,9%.
Os preços da energia, que caíram 1,9% em novembro, tiveram um comportamento mais brando em comparação ao recuo de 4,6% observado no mês anterior. Essa variação nos preços energéticos tem gerado incertezas nas principais economias da zona do euro, incluindo Alemanha e Espanha, que também registraram inflação acima da meta.
Os economistas do BCE continuam preocupados com as pressões inflacionárias, principalmente no setor de serviços, que tem mostrado uma desaceleração lenta. A inflação dos serviços, que foi de 4,0% em outubro, caiu para 3,9% em novembro, mas ainda representa uma preocupação para os formuladores de políticas monetárias.
Desde julho de 2022, o BCE tem adotado medidas rigorosas, elevando as taxas de juros em um ritmo sem precedentes para conter a inflação, o que também resultou em uma desaceleração do crescimento econômico na região.
As expectativas para o futuro indicam que a inflação pode voltar a desacelerar, com previsões apontando para uma possível redução para a meta de 2% no próximo ano, embora os desafios persistam.
*Com informações da Dow Jones Newswires
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