Desde o início das promoções, órgão de defesa do consumidor recebeu 1.672 reclamações, destacando problemas com entregas.
29 de Novembro de 2024 às 13h49

Procon-SP registra aumento de queixas durante a Black Friday

Desde o início das promoções, órgão de defesa do consumidor recebeu 1.672 reclamações, destacando problemas com entregas.

O Procon-SP tem monitorado de perto as reclamações dos consumidores durante a Black Friday 2024, que começou a gerar queixas a partir de 30 de outubro. Até o momento, foram registradas 1.672 reclamações, um aumento de 13,3% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram contabilizadas 1.500 queixas.

As principais queixas dos consumidores estão relacionadas a compras não entregues ou com atraso, que representam 39,8% do total de reclamações. Outros problemas frequentes incluem a entrega de produtos diferentes dos solicitados, itens incompletos ou danificados (13,8%), cancelamentos de pedidos após a finalização da compra (12%), e a prática de maquiagem de descontos, que corresponde a 10,5% das queixas.

Entre as empresas mais reclamadas, destaca-se o grupo Dotcom, que representa a rede de cosméticos Sephora, responsável por 6,6% das reclamações. A Sephora já se manifestou, afirmando que está ciente das queixas e que ampliou o prazo de entrega para as compras realizadas online. A varejista Magazine Luiza e suas subsidiárias, como Netshoes, Época Cosméticos e Magalupay, seguem na lista com 4,2% das queixas.

O Mercado Livre ocupa a terceira posição nas reclamações, com 3,8%, seguido pelo grupo Casas Bahia, que inclui Ponto Frio e Extra.com.br, com 3,6% das queixas. A operadora de telefonia Claro e suas afiliadas somam 2,9% das reclamações.

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O Procon-SP também está realizando um monitoramento ativo para evitar ofertas enganosas, com equipes verificando os preços de mais de 60 produtos em dez sites de comércio eletrônico. Além disso, fiscais estão percorrendo estabelecimentos em São Paulo para garantir que o Código de Defesa do Consumidor seja respeitado.

Segundo Luiz Orsatti Filho, diretor executivo do Procon-SP, é fundamental que os consumidores tenham cautela e não comprem por impulso. Ele recomenda que os consumidores realizem pesquisas antes de efetuar compras e que, em caso de problemas, busquem resolver diretamente com as empresas antes de recorrer ao Procon.

Em caso de irregularidades, o Procon-SP orienta que o consumidor tente primeiro resolver a questão com o fornecedor. Se o problema persistir, é possível registrar uma reclamação no site do órgão, que dará um prazo de 10 dias para a empresa responder. Para compras realizadas online, o direito de arrependimento permite ao consumidor devolver o produto em até sete dias após o recebimento, sem necessidade de justificativa.

Com essas diretrizes, o Procon-SP espera que a Black Friday de 2024 seja uma oportunidade de compras seguras e vantajosas, evitando que se transforme em uma verdadeira "Black Fraude".

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