Ex-presidente e outros 36 indiciados por tentativa de golpe enfrentam possível ação penal e análise da PGR.
21 de Novembro de 2024 às 17h06

Bolsonaro pode ser preso? Entenda o que acontece após indiciamento pela PF

Ex-presidente e outros 36 indiciados por tentativa de golpe enfrentam possível ação penal e análise da PGR.

A Polícia Federal indiciou nesta quinta-feira (21) o ex-presidente Jair Bolsonaro, juntamente com 36 pessoas, incluindo figuras de destaque como o ex-ministro da Defesa, Braga Netto, e o ex-ajudante de ordens, Mauro Cid. Eles são acusados de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado que visava manter Bolsonaro no poder e atentava contra a vida do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e do vice, Geraldo Alckmin.

O indiciamento ocorre quando há indícios suficientes de que os envolvidos cometeram crimes, neste caso, os de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. O relatório da PF, que formaliza o indiciamento, reúne as provas coletadas ao longo da investigação e será enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) para análise.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) agora terá a tarefa de avaliar se existem elementos suficientes para apresentar uma denúncia formal contra os indiciados. Caso a PGR decida seguir adiante, o processo será encaminhado ao STF, onde os acusados poderão ser formalmente considerados réus.

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As penas para os crimes mencionados no indiciamento podem somar até 28 anos de prisão. No Brasil, condenações superiores a oito anos são cumpridas em regime fechado, mas a prisão só pode ser determinada após o término do processo penal, que inclui a apresentação de defesa e oitiva de testemunhas.

É importante ressaltar que, além deste indiciamento, Bolsonaro também enfrenta investigações relacionadas à falsificação de documentos de vacinação contra a Covid-19 e à venda de joias recebidas em viagens oficiais. Esses casos adicionais complicam ainda mais a situação legal do ex-presidente.

As investigações sobre a tentativa de golpe de Estado revelam um cenário alarmante sobre a manutenção da democracia no Brasil e levantam questões sobre a segurança das instituições. A sociedade civil e os especialistas em direito aguardam com atenção os desdobramentos desse caso, que poderá influenciar diretamente o futuro político do país.

Enquanto isso, o ex-presidente continua a se manifestar publicamente, desafiando as acusações e buscando apoio entre seus aliados. A análise da PGR e a decisão do STF serão cruciais para determinar os próximos passos dessa complexa trama jurídica.

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