Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta com o WTI superando os US$ 70, enquanto analistas preveem excessos de oferta para 2025.
21 de Novembro de 2024 às 17h31

Tensões entre Rússia e Ucrânia impulsionam alta dos preços do petróleo no mercado internacional

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta com o WTI superando os US$ 70, enquanto analistas preveem excessos de oferta para 2025.

Os contratos futuros de petróleo registraram uma significativa alta nesta quinta-feira, 21, impulsionados pela crescente tensão geopolítica entre Rússia e Ucrânia. O preço do petróleo WTI, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), chegou a US$ 70,10 por barril, representando um aumento de 1,96% ou US$ 1,35. Já o petróleo Brent, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), subiu 1,95%, alcançando US$ 74,23 por barril.

A escalada das hostilidades entre os dois países tem gerado preocupações que se refletem diretamente nos preços da commodity. O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou um teste de um novo míssil de médio alcance, alegando que a ação foi uma resposta aos ataques ucranianos com mísseis fornecidos pelos Estados Unidos e Reino Unido. Essa retórica acirrou ainda mais as tensões, levando a um aumento na aversão ao risco no mercado global.

Analistas do setor projetam que, apesar da alta atual, o mercado de petróleo poderá enfrentar um excesso de oferta em 2025. A expectativa é de que o preço do Brent caia entre US$ 5 e US$ 9 devido ao aumento da produção, especialmente por países fora da Opep, e a possíveis problemas de demanda associados a incertezas econômicas na China e na Europa.

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O cenário futuro é de cautela, com os investidores preocupados com a possibilidade de que o novo governo dos EUA, sob a liderança de Donald Trump, implemente tarifas sobre importações da China e da Europa, o que poderia agravar ainda mais a situação do mercado. O consenso entre os especialistas é que, apesar da alta atual, o superabastecimento no próximo ano poderá pressionar os preços para baixo.

Além disso, a UBS WM destacou que, embora os preços baixos possam restringir o crescimento da oferta nos Estados Unidos, a Opep+ deve agir com prudência para evitar um excesso de produção que não possa ser absorvido pelo mercado. Sanções renovadas contra o Irã e a Venezuela também são fatores que podem impactar o fornecimento global.

Por fim, a expectativa é de que um crescimento econômico robusto, cortes nas taxas de juros globais e medidas de estímulo fiscal possam moderar a demanda por petróleo, levando a uma recuperação gradual dos preços nos próximos anos. A UBS WM acredita que, apesar da volatilidade atual, os preços do petróleo devem apresentar uma leve alta moderada em 2025.

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