Moraes flexibiliza medidas cautelares para Anderson Torres cuidar da mãe com câncer
Ex-ministro da Justiça poderá sair de casa à noite e nos finais de semana para visitar a mãe em tratamento
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a flexibilização das medidas cautelares que restringiam o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, de sair de casa durante a noite e nos finais de semana. Essa decisão foi tomada em resposta a um pedido da defesa de Torres, que argumentou a necessidade de acompanhamento da mãe, que enfrenta um tratamento contra o câncer.
A genitora de Torres, de 70 anos, reside com seu marido, de 73. A defesa alegou que o pai não possui condições de cuidar da esposa devido à sua idade. Assim, a autorização de Moraes permite que o ex-ministro visite a mãe e a acompanhe em consultas e internações necessárias.
Conforme a decisão, as saídas de Torres estão limitadas ao deslocamento entre sua residência e a casa da mãe, além do hospital onde ela está internada. É importante ressaltar que essa autorização é de caráter provisório e não exime o ex-ministro do cumprimento das demais medidas cautelares impostas, incluindo a proibição de deixar o Distrito Federal.
Anderson Torres, que foi secretário de Segurança Pública do DF durante os eventos de 8 de janeiro, está sob investigação por suposta omissão em relação aos ataques às sedes dos Três Poderes. Ele foi preso em maio de 2023, após retornar ao Brasil, e desde então cumpre medidas cautelares determinadas pelo STF.
Além de sua situação atual, Torres também figura na lista de indiciados por um suposto plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outras figuras políticas. Essa investigação levanta questões sobre sua conduta e a possível conivência em eventos que abalaram a democracia brasileira.
A decisão de Moraes reflete uma tentativa de equilibrar as necessidades pessoais de Torres com as responsabilidades legais que ele deve cumprir. A flexibilização das medidas cautelares, embora limitada, representa uma consideração do judiciário em relação a questões familiares e de saúde.
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