Pablo Marçal deve se filiar ao União Brasil para viabilizar candidatura em 2026

O ex-coach Pablo Marçal, que obteve a terceira colocação na eleição para a Prefeitura de São Paulo, está em vias de deixar o PRTB para se filiar ao União Brasil. Fontes próximas ao político afirmam que a mudança de partido é uma questão de tempo, com Marçal buscando fortalecer sua candidatura à Presidência da República nas eleições de 2026.

Desde abril, Marçal e o União Brasil têm negociado a filiação, que é vista como uma estratégia para ampliar suas chances eleitorais. O União Brasil possui uma expressiva representação na Câmara dos Deputados e é considerado o segundo maior partido de direita, logo atrás do Partido Liberal (PL). Esta mudança é motivada, em parte, pela fragilidade do PRTB, que enfrenta acusações de vínculos com o PCC (Primeiro Comando da Capital) e carece de recursos financeiros para campanhas.

Marçal tem se mostrado otimista em relação ao União Brasil, afirmando que o partido poderia fornecer a estrutura necessária para uma campanha sólida. Em reuniões com aliados, ele mencionou que sua filiação está quase certa e que a nova sigla poderia oferecer um espaço relevante para sua liderança no cenário político nacional.

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Entretanto, a filiação de Marçal não é isenta de desafios. O União Brasil, embora esteja em busca de uma figura proeminente, também conta com a concorrência interna de outros políticos, como Ronaldo Caiado, governador de Goiás, que também almeja uma candidatura à Presidência. A divisão interna sobre a aceitação de Marçal já se manifesta, com algumas vozes no partido expressando preocupação em relação à sua imagem e às controvérsias que o cercam.

Um dos principais obstáculos à candidatura de Marçal é um processo judicial que pode torná-lo inelegível. Ele é acusado de ter divulgado um laudo médico falso para associar seu adversário Guilherme Boulos, do PSOL, ao uso de drogas, episódio que ocorreu durante a campanha municipal. Este tipo de acusação pode prejudicar sua imagem e, consequentemente, sua viabilidade política.

Além disso, a filiação ao União Brasil não apenas amplia as perspectivas de Marçal, mas também pode gerar um embate com a atual liderança do partido, que já conta com figuras estabelecidas no cenário político. A possibilidade de uma candidatura de Marçal à Presidência pode fortalecer sua posição como uma alternativa dentro da direita brasileira, mas ele terá que navegar cuidadosamente pelas dinâmicas internas do União Brasil.

Enquanto isso, Marçal continua a se posicionar como um candidato em potencial para as eleições de 2026, alimentando especulações sobre sua estratégia política futura. Sua decisão de se filiar ao União Brasil pode ser um passo crucial para consolidar sua presença no cenário político nacional.