A categoria exige negociações com o prefeito Eduardo Paes e protesta contra mudanças nas condições de trabalho.
25 de Novembro de 2024 às 17h38

Professores da rede municipal do Rio de Janeiro iniciam greve por tempo indeterminado

A categoria exige negociações com o prefeito Eduardo Paes e protesta contra mudanças nas condições de trabalho.

Na última segunda-feira, 25, professores da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. A votação ocorreu em uma assembleia na quadra da Escola de Samba São Clemente, no centro da cidade, onde a decisão foi unânime entre os servidores presentes.

O principal motivo da paralisação é o Projeto de Lei Complementar (PLC) 186/2024, que visa aumentar a carga horária dos professores, além de alterar regras relacionadas a férias e licenças. Os educadores argumentam que as mudanças propostas comprometem a qualidade do ensino e a saúde dos profissionais, que já enfrentam condições desafiadoras.

Em declaração, o coordenador do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe), professor Diogo de Andrade, enfatizou que o PLC representa um ataque direto aos direitos dos servidores e que a greve se manterá até que o prefeito Eduardo Paes receba os representantes da categoria para uma negociação.

“O PLC 186 retira diversos direitos conquistados pelos servidores públicos. Entre as mudanças, destaca-se o aumento da carga horária, que exigirá 24 aulas a mais por mês, sem qualquer compensação financeira. Além disso, o projeto permite o fracionamento das férias, atualmente concedidas de forma integral em janeiro, e extingue a licença especial”, afirmou Andrade.

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Após a assembleia, os professores se dirigiram à sede da prefeitura para manifestar sua insatisfação com as propostas do governo. Durante o protesto, um incidente resultou na detenção de um professor, que foi encaminhado para a 6ª DP (Cidade Nova) para prestar esclarecimentos, conforme informado pela Polícia Militar.

Em resposta ao ocorrido, a PM afirmou que a prisão se deu durante uma tentativa de bloqueio da via e que materiais de menor potencial ofensivo foram utilizados para dispersar os manifestantes. A situação foi controlada e o trânsito na área foi normalizado.

O Sepe anunciou que uma nova assembleia está agendada para a próxima sexta-feira, onde os educadores discutirão os próximos passos da greve e a continuidade das mobilizações. Enquanto isso, a pressão sobre a Câmara Municipal aumenta, uma vez que o PLC deverá ser votado em breve.

Os professores também planejam realizar uma vigília nas escadarias da Casa na terça-feira, 26, como parte de suas mobilizações contra as mudanças propostas.

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