Presidente do Chile nega denúncia de assédio sexual

O presidente do Chile, Gabriel Boric, está sendo acusado de assédio sexual em um caso que remonta a 2013, quando o político tinha 27 anos. A denúncia foi formalizada em 6 de setembro na Procuradoria Regional de Magallanes, região natal do presidente. O advogado Jonatan Valenzuela, que representa Boric, afirmou que o presidente "rejeita categoricamente" as acusações.

De acordo com Valenzuela, a acusação foi apresentada por uma mulher que, na época, teria enviado 25 e-mails não solicitados a Boric, incluindo conteúdo explícito. O advogado afirmou que essa comunicação foi "não solicitada nem consentida" e que a mulher apresentou a denúncia sem qualquer fundamento.

O caso está sendo investigado por uma equipe especial do Ministério Público, liderada pelo chefe da unidade na região, Cristián Crisosto, que confirmou a existência de um processo criminal relacionado aos fatos. No entanto, detalhes adicionais sobre a investigação não foram divulgados.

- CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE -

Boric, que possui foro especial como presidente, só poderá ser investigado se houver um processo de cassação de sua imunidade parlamentar. O advogado do presidente enfatizou que seu cliente nunca teve uma relação afetiva ou de amizade com a denunciante e que não houve comunicação entre eles desde julho de 2014.

Este não é o primeiro episódio de acusações contra Boric. Durante sua campanha presidencial em 2021, ele também foi alvo de uma alegação de assédio sexual que nunca foi investigada criminalmente, e que ele negou na época.

A situação de Boric se agrava em meio a um escândalo envolvendo outro membro de seu governo. Manuel Monsalve, ex-subsecretário do Interior, foi acusado de estupro e está em prisão preventiva desde a semana passada. Essas denúncias estão criando um cenário de tensão e incerteza para o governo chileno, que já enfrenta desafios significativos em sua gestão.