Polícia Federal realiza operação contra grupo chinês que movimentou R$ 6 bilhões no Brasil
A operação desarticula uma organização criminosa que atuou no país por cinco anos, movimentando recursos ilícitos em diversos estados.
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira uma operação contra uma organização criminosa composta por chineses, que movimentou mais de R$ 6 bilhões em crimes financeiros nos últimos cinco anos no Brasil. A operação, batizada de Tai-Pan, visa desmantelar esse esquema que operava de forma clandestina e complexa.
Durante a ação, foram cumpridos 16 mandados de prisão preventiva e 41 de busca e apreensão em diversas localidades, incluindo São Paulo, Distrito Federal, Espírito Santo, Paraná, Ceará, Santa Catarina e Bahia. Aproximadamente 200 policiais federais participaram da operação, que foi autorizada pela Justiça Federal.
As investigações apontam que o grupo utilizava um sistema bancário paralelo e ilegal, que facilitava a lavagem de dinheiro e a evasão de divisas. Somente no ano de 2024, a movimentação financeira do grupo ultrapassou R$ 800 milhões. Os recursos eram transferidos principalmente para a China e Hong Kong, além de outros países como Estados Unidos, Panamá e Europa.
O esquema criminoso teria envolvido a colaboração de diversas pessoas, incluindo policiais civis e militares, além de gerentes de bancos e contadores, que ajudavam na ocultação e movimentação dos valores. A investigação revelou que os suspeitos também estavam ligados a atividades ilícitas como tráfico de drogas e contrabando.
Além das prisões, a Justiça Federal determinou o bloqueio de bens e valores que ultrapassam R$ 10 bilhões, afetando mais de 200 pessoas jurídicas envolvidas no esquema. Em algumas operações, a Receita Federal foi autorizada a participar das buscas, visando uma análise fiscal dos locais investigados.
A operação Tai-Pan representa um esforço significativo da Polícia Federal para combater a organização criminosa que, segundo os dados coletados, teria movimentado cerca de R$ 120 bilhões em transações ilegais nos últimos anos.
Os envolvidos podem enfrentar acusações de organização criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, entre outros delitos identificados nas investigações.
Mais informações serão divulgadas conforme a operação se desenrola.
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