Expectativas para o IPCA aumentam em 2025 e 2026, enquanto Selic se mantém em 11,75% ao ano até 2024.
02 de Dezembro de 2024 às 10h01

Mercado financeiro revisa projeção da inflação para 2024, agora em 4,71%

Expectativas para o IPCA aumentam em 2025 e 2026, enquanto Selic se mantém em 11,75% ao ano até 2024.

O mercado financeiro revisou suas expectativas para a inflação oficial do Brasil, elevando a projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para o final de 2024. De acordo com o Relatório Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (2), a previsão passou de 4,63% para 4,71%, o que ultrapassa o teto da meta estabelecida pelo governo, que é de 4,50%.

A revisão nas estimativas para a inflação não se restringe a 2024. Para 2025, a previsão do IPCA também foi ajustada, subindo de 4,34% para 4,40%. Já para 2026, a expectativa foi alterada de 3,78% para 3,81%. Para 2027, os analistas projetam uma leve redução de 3,51% para 3,50%.

Atualmente, o IPCA acumula 4,76% nos últimos 12 meses até outubro, refletindo uma pressão inflacionária que se intensificou recentemente. Em outubro, a inflação mensal foi de 0,56%, impulsionada principalmente pelo aumento nos preços da energia elétrica residencial, que subiu 4,74%, e das carnes, que registraram alta de 5,81%.

A meta de inflação para 2024 é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

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Quanto à taxa Selic, que é a taxa básica de juros do país, a expectativa se manteve inalterada em 11,75% ao ano para o final de 2024. Essa taxa permaneceu estável por nove semanas consecutivas. Entretanto, o mercado antecipa que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve aumentar a Selic em 0,50 ponto percentual na próxima reunião, marcada para os dias 10 e 11 de dezembro.

Para 2025, a previsão é de que a Selic suba de 12,25% para 12,63% ao ano. Em 2026, a estimativa também é de alta, passando de 10% para 10,50% ao ano, enquanto para 2027 a projeção se mantém em 9,50% ao ano.

Além disso, o mercado financeiro ajustou suas previsões sobre a taxa de câmbio. Para 2024, a expectativa para o dólar permanece em R$ 5,70, enquanto para 2025 e 2026, as projeções subiram de R$ 5,55 para R$ 5,60 e de R$ 5,50 para R$ 5,60, respectivamente.

A balança comercial, que mede a diferença entre exportações e importações, também foi objeto de revisão. Para 2024, o saldo projetado permanece em R$ 75 bilhões de superávit, enquanto para 2025, a expectativa caiu de R$ 76,3 bilhões para R$ 76,02 bilhões. Para 2026, a previsão de superávit foi revisada de R$ 78,86 bilhões para R$ 78,68 bilhões. Para 2027, a projeção se mantém em R$ 80,05 bilhões.

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