Cidadão russo-americano é preso nos EUA por tentativa de contrabando de aeronaves
Sergei Nechaev foi detido ao tentar enviar aviões Cessna ilegalmente para a Rússia via Armênia.
Um cidadão russo-americano, identificado como Sergei Nechaev, foi preso após tentar contrabandear duas aeronaves Cessna dos Estados Unidos para a Rússia, utilizando a Armênia como destino. A informação foi divulgada pelo Departamento de Justiça dos EUA nesta segunda-feira, dia 2.
Nechaev foi detido no estado da Geórgia e enfrenta acusações de violação das leis de exportação americana. Segundo o Departamento de Justiça, ele “afirmou falsamente que o usuário final e o destino estavam na Armênia”, tentando encobrir a verdadeira intenção de enviar os aviões para a Rússia.
O acusado planejava exportar, sem a devida autorização, um Cessna 172K de 1968 e um Cessna de 1973, que seriam destinados a uma suposta escola de aviação russa. As aeronaves, que possuem um valor estimado em cerca de 170.000 dólares (aproximadamente R$ 1 milhão), foram apreendidas pelas autoridades americanas durante a operação.
A investigação foi conduzida pelo Departamento de Justiça por meio da “Task Force KleptoCapture”, uma força-tarefa que tem implementado sanções e controles de exportação à Rússia desde a invasão da Ucrânia. Essa iniciativa é parte de um esforço mais amplo para coibir atividades ilegais que possam beneficiar o governo russo em meio ao atual conflito.
Se condenado, Nechaev poderá enfrentar penas severas: até 20 anos de prisão por tentativa de exportação ilegal de bens controlados, até 10 anos por contrabando e até cinco anos por falsificação de informações relacionadas a vendas para o exterior. O caso destaca as crescentes tensões entre os EUA e a Rússia, especialmente no contexto das sanções impostas após a agressão russa à Ucrânia.
A situação ressalta a vigilância das autoridades americanas sobre atividades que possam violar as leis de exportação, especialmente em tempos de conflito internacional. O Departamento de Justiça continua a trabalhar em colaboração com várias agências para fortalecer o controle sobre o comércio de bens sensíveis.
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