A moeda norte-americana apresenta leve desvalorização, refletindo as expectativas em torno do PIB brasileiro e do emprego nos EUA.
03 de Dezembro de 2024 às 09h47

Dólar inicia o dia em queda, enquanto mercados aguardam dados do PIB e emprego

A moeda norte-americana apresenta leve desvalorização, refletindo as expectativas em torno do PIB brasileiro e do emprego nos EUA.

O dólar abriu as negociações desta terça-feira (3) em baixa frente ao real, com investidores atentos aos dados do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e às informações sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos. Às 9h05, a moeda norte-americana recuava 0,42%, sendo cotada a R$ 6,0395 na venda.

No dia anterior, o dólar havia fechado em alta de 1,13%, atingindo R$ 6,0652, o maior valor nominal de fechamento já registrado. Esse movimento de alta acumulou um avanço de 25,06% desde o início do ano, o que evidencia a volatilidade do mercado cambial brasileiro.

Os analistas estão especialmente focados na divulgação do PIB do terceiro trimestre de 2024, cuja expectativa é de uma alta de 0,8% em relação ao trimestre anterior. Esses números são cruciais para a avaliação da saúde econômica do país e podem influenciar as decisões de investimento.

Enquanto isso, o principal índice da bolsa de valores brasileira, o Ibovespa, encerrou o pregão anterior com queda de 0,34%, aos 125.236 pontos. A expectativa é que nesta sessão o índice reaja aos dados econômicos e à movimentação do dólar.

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O Banco Central também está ativo no mercado, com um leilão programado para esta terça-feira, onde serão oferecidos até 15.000 contratos de swap cambial tradicional. Essa ação visa controlar a volatilidade da moeda e garantir a estabilidade do sistema financeiro.

Além dos dados locais, os investidores permanecem atentos às notícias internacionais, especialmente às declarações do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que ameaçou tarifas elevadas a países que tentarem substituir o dólar em transações comerciais. Essa situação traz incertezas adicionais ao mercado e pode impactar a economia global.

Com o cenário econômico em foco, as falas de autoridades monetárias, como do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, também são esperadas com atenção. Ele sinalizou uma política monetária mais restritiva, com a possibilidade de manutenção de juros altos por um período prolongado, o que pode afetar o consumo e os investimentos no Brasil.

Os investidores devem acompanhar de perto a divulgação do PIB brasileiro e os dados de emprego dos Estados Unidos, que prometem impactar as negociações nas próximas horas. A expectativa é que esses indicadores possam trazer mais clareza sobre a trajetória econômica dos dois países e influenciar a cotação do dólar.

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