Governo Lula enfrenta crise nos Correios com prejuízo recorde
Correios acumulam R$ 2 bilhões em prejuízo entre janeiro e setembro de 2024, o maior da sua história.
Os Correios, sob a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estão enfrentando uma crise financeira alarmante, registrando um prejuízo de R$ 2 bilhões entre janeiro e setembro de 2024. Este valor marca um novo recorde negativo, superando o rombo de R$ 2,1 bilhões registrado em 2015, durante o governo de Dilma Rousseff.
A situação se agravou a ponto de a estatal ter que decretar um teto de gastos de R$ 21,96 bilhões, que inclui a suspensão de contratações e o encerramento de contratos vigentes. Segundo um documento interno da empresa, as medidas visam “recompor o saldo do orçamentário/caixa para retomada do equilíbrio econômico-financeiro e evitar que a empresa entre em estado de insolvência”.
Fabiano Silva dos Santos, advogado indicado ao cargo pelo grupo Prerrogativas, que é próximo ao presidente Lula, é quem atualmente comanda a empresa. Conhecido como o “churrasqueiro de Lula”, Fabiano enfrenta críticas pela sua gestão, que já teve decisões questionáveis, como não recorrer a uma ação trabalhista que poderia ter mitigado o impacto financeiro em R$ 600 milhões.
A crise nos Correios é em parte atribuída à chamada “taxa das blusinhas”, uma política fiscal que prejudicou as importações e reduziu o número de encomendas, resultando em uma queda significativa na receita. Além disso, os Correios enfrentam uma herança contábil da gestão anterior, que, segundo a atual administração, contribuiu para o estado crítico das finanças da empresa.
As projeções de receitas para 2024 foram drasticamente revisadas, passando de R$ 22,7 bilhões para R$ 20,1 bilhões, o que representa um crescimento modesto de apenas 1,5% em relação a 2023. A estatal também se comprometeu a cobrir uma dívida de R$ 7,6 bilhões com o Postalis, o fundo de pensão dos funcionários, complicando ainda mais sua situação financeira.
Enquanto isso, Lula retirou os Correios da lista de privatizações, prometendo investimentos e modernização. No entanto, desde a reversão dessa política, os prejuízos apenas aumentaram, levando a uma crescente insatisfação entre os trabalhadores e especialistas do setor.
O contexto atual levanta questões sérias sobre a capacidade do governo em administrar estatais e a eficácia das medidas adotadas para reverter a situação. Com o rombo crescente, o futuro dos Correios e a entrega de serviços essenciais à população estão em risco, refletindo os desafios enfrentados pelo atual governo em equilibrar as contas públicas e promover um ambiente econômico estável.
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