Starlink, de Elon Musk, busca ampliar operações no Brasil com novos satélites
Com proposta de adicionar 7,5 mil satélites, Starlink visa melhorar acesso à internet em áreas remotas do país.
A Starlink, empresa de telecomunicações fundada por Elon Musk, está projetando uma expansão significativa de suas operações no Brasil. A iniciativa, que visa adicionar 7,5 mil satélites à sua constelação já existente, tem como objetivo principal melhorar o acesso à internet em regiões remotas e isoladas do país.
Atualmente, a Starlink já opera com uma rede de 6.350 satélites em órbita baixa, aproximadamente 550 quilômetros acima da superfície terrestre. Esta constelação tem se mostrado eficaz em oferecer conexão de alta velocidade, especialmente em áreas onde a infraestrutura terrestre é escassa ou inexistente.
A proposta de expansão foi apresentada à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e está programada para ser analisada em 13 de fevereiro de 2025. O relator do processo, conselheiro Alexandre Freire, destacou a importância dessa iniciativa para a inclusão digital no Brasil.
Atualmente, cerca de 220 mil assinantes utilizam os serviços da Starlink no Brasil, com uma concentração significativa na região Norte, onde mais de 33% dos usuários residem. Apesar de representar uma pequena fração das quase 50 milhões de conexões de internet registradas no país, a demanda por serviços de qualidade em áreas menos favorecidas é crescente.
Com a ampliação da constelação, a Starlink espera aumentar sua participação no mercado brasileiro e internacional. A empresa já está presente em mais de 102 países e busca democratizar o acesso à internet, especialmente em localidades onde as opções de conectividade são limitadas.
Entretanto, a rápida expansão da Starlink não vem sem desafios. A comunidade científica, em especial astrônomos e ambientalistas, expressa preocupações sobre o impacto dos satélites na observação astronômica e os riscos associados à poluição espacial. O aumento do número de satélites em órbita pode interferir nas pesquisas e observações realizadas por telescópios, além de elevar o risco de colisões no espaço.
Além da Starlink, outras empresas, como Amazon, Boeing e OneWeb, também estão planejando lançamentos de satélites, o que pode intensificar a concorrência no setor de telecomunicações via satélite nos próximos anos.
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