Airbus, Thales e Leonardo desenvolvem o 'Projeto Bromo' para enfrentar a liderança da Starlink no setor de satélites.
04 de Dezembro de 2024 às 00h03

Empresas europeias buscam criar concorrente para Starlink com novo projeto conjunto

Airbus, Thales e Leonardo desenvolvem o 'Projeto Bromo' para enfrentar a liderança da Starlink no setor de satélites.

As gigantes europeias Airbus, Thales e Leonardo estão em fase de desenvolvimento de um projeto colaborativo que visa criar uma nova empresa espacial, com o objetivo de competir diretamente com a Starlink, iniciativa de Elon Musk que já domina o mercado de satélites.

Denominado de “Projeto Bromo”, em referência ao vulcão indonésio, o plano pretende estabelecer um operador europeu autônomo de satélites. O projeto é inspirado na fabricante de mísseis MBDA, que é uma joint venture entre a Airbus, a Leonardo e a BAE Systems, segundo fontes próximas às negociações.

Até o momento, os principais fabricantes de satélites da Europa manifestaram apenas a intenção de unir forças para criar uma estrutura mais robusta. O setor, que enfrenta sérios desafios financeiros, observa com preocupação o crescimento acelerado da rede Starlink, que tem conquistado espaço na órbita baixa da Terra.

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Embora as tratativas ainda estejam em estágios iniciais, as discussões avançaram a ponto de o projeto ter ganhado um codinome na Airbus e uma estrutura operacional preferencial. Ao invés de uma fusão em que uma empresa adquire ativos de outra, a proposta é que a nova companhia combine os ativos de satélite de forma colaborativa.

Roberto Cingolani, presidente-executivo da Leonardo, confirmou as negociações e destacou que elas têm envolvido diversas discussões técnicas. Ele enfatizou que a estrutura planejada se inspiraria no modelo da MBDA, afirmando que “é esse; é difícil que possa ser qualquer outra coisa”, durante um evento realizado em Roma.

Tanto a Airbus quanto a Thales optaram por não comentar sobre o projeto em questão. As propostas de fusão discutidas entre as empresas estão separadas dos cortes de pessoal que devem ser anunciados em breve e que podem levar anos para se concretizarem. Contudo, segundo uma fonte, essas iniciativas visam preparar o setor espacial europeu para enfrentar a concorrência de forma mais competitiva.

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