A Assembleia-Geral da ONU valida resolução que prevê cúpula em junho de 2025 para discutir a questão palestina.
04 de Dezembro de 2024 às 13h22

ONU aprova conferência para discutir criação de Estado palestino em 2025

A Assembleia-Geral da ONU valida resolução que prevê cúpula em junho de 2025 para discutir a questão palestina.

A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou na última terça-feira (3) uma resolução que estabelece a realização de uma conferência internacional destinada a discutir a criação de um Estado palestino. O evento está agendado para ocorrer em junho de 2025, na cidade de Nova York.

A proposta foi aprovada com 157 votos a favor, incluindo o apoio do Brasil, enquanto oito países se opuseram: Argentina, Hungria, Israel, Micronésia, Nauru, Palau, Papua Nova Guiné e Estados Unidos. Além disso, houve sete abstenções, entre elas Camarões, República Tcheca, Equador, Geórgia, Paraguai, Ucrânia e Uruguai.

O objetivo central da resolução é reafirmar o desejo de uma “paz abrangente, justa e duradoura no Oriente Médio”. O texto também reitera o apoio à solução de dois Estados, um para os judeus e outro para os palestinos, que devem coexistir em paz e segurança dentro de fronteiras reconhecidas. O Brasil, que historicamente defende essa abordagem, participou ativamente do processo.

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Outro ponto importante da resolução é o apoio a um cessar-fogo abrangente nas regiões de Gaza e Líbano. Desde o início do conflito na Faixa de Gaza, em outubro de 2023, o número de mortos ultrapassou 44 mil, e a maioria da população local foi forçada a deixar suas casas. O conflito teve início após um ataque do Hamas em território israelense.

A ONU expressou seu apoio inabalável à solução de dois Estados, conforme o direito internacional, e enfatizou a necessidade de iniciar “negociações credíveis” para avançar no processo de paz no Oriente Médio. O documento destaca que as partes devem agir de forma responsável para reverter as tendências negativas, incluindo medidas que violem o direito internacional.

Além disso, a Assembleia pede que os direitos inalienáveis do povo palestino, especialmente o direito à autodeterminação e à criação de um Estado independente, sejam respeitados. A ONU também exige que Israel ponha fim à sua presença considerada ilícita nos territórios palestinos ocupados o mais rápido possível e cesse toda a colonização.

Com a realização da conferência, espera-se que novas perspectivas sejam abertas para a resolução do conflito que perdura há décadas. A comunidade internacional continua a monitorar a situação e busca soluções para um dos mais longos e complexos conflitos da história contemporânea.

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