Grupo extremista afirma ter informações sobre planos de Israel para resgatar reféns e promete represálias severas.
04 de Dezembro de 2024 às 14h37

Hamas ameaça executar reféns se Israel realizar operação de resgate em Gaza

Grupo extremista afirma ter informações sobre planos de Israel para resgatar reféns e promete represálias severas.

O Hamas, grupo extremista que controla a Faixa de Gaza, emitiu uma grave ameaça na quarta-feira (4), afirmando que executará seus reféns caso Israel prossiga com uma operação de resgate. A declaração foi feita em um comunicado interno, que sugere que a liderança do Hamas está ciente de planos israelenses para realizar uma ação semelhante àquela ocorrida no campo de Nuseirat, em junho passado.

O comunicado, datado de 22 de novembro, afirma categoricamente que Israel é responsável pelo destino dos reféns, que atualmente somam mais de 100 israelenses mantidos em cativeiro. A nota não especifica uma data para a possível operação israelense, mas a menção de um resgate iminente provocou uma resposta rápida da organização terrorista.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, também se manifestou sobre a situação, alertando que o Hamas “pagará caro” se os reféns não forem libertados até sua posse, marcada para 20 de janeiro de 2025. Em suas declarações, Trump enfatizou que a falta de ação poderia resultar em um “sério problema” na região do Oriente Médio.

As tensões aumentaram desde o ataque terrorista de 7 de outubro de 2023, que resultou na captura de mais de 250 pessoas por militantes do Hamas. Atualmente, acredita-se que cerca de metade dos reféns ainda esteja viva, mas em condições severas de detenção e incomunicabilidade.

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O Hamas, que busca a retirada total de Israel da região, condiciona qualquer negociação à cessação das hostilidades. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, por sua vez, reafirmou que a guerra continuará até que o Hamas seja completamente erradicado e não represente mais uma ameaça para o seu país.

Recentemente, o Hamas também relatou que, desde o início do conflito, 33 reféns morreram em decorrência das hostilidades, embora não tenha divulgado as nacionalidades das vítimas. O conflito, que já dura quase 14 meses, resultou na morte de mais de 44.400 palestinos, segundo autoridades locais, e deixou vastas áreas da Faixa de Gaza em ruínas.

As autoridades israelenses, por sua vez, afirmam que a ofensiva militar foi uma resposta ao ataque brutal de outubro, em que 1.200 israelenses perderam a vida. As repercussões do conflito continuam a se espalhar, com a população civil de Gaza enfrentando uma grave crise humanitária, caracterizada pela falta de alimentos, medicamentos e abrigo.

Enquanto o mundo observa com preocupação a escalada de violência, as declarações do Hamas e de líderes israelenses indicam que a solução para o impasse ainda parece distante, com ambos os lados firmes em suas posições e sem sinais de um cessar-fogo iminente.

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