Hamas ameaça executar reféns se Israel realizar operação de resgate em Gaza
Grupo extremista afirma ter informações sobre planos de Israel para resgatar reféns e promete represálias severas.
O Hamas, grupo extremista que controla a Faixa de Gaza, emitiu uma grave ameaça na quarta-feira (4), afirmando que executará seus reféns caso Israel prossiga com uma operação de resgate. A declaração foi feita em um comunicado interno, que sugere que a liderança do Hamas está ciente de planos israelenses para realizar uma ação semelhante àquela ocorrida no campo de Nuseirat, em junho passado.
O comunicado, datado de 22 de novembro, afirma categoricamente que Israel é responsável pelo destino dos reféns, que atualmente somam mais de 100 israelenses mantidos em cativeiro. A nota não especifica uma data para a possível operação israelense, mas a menção de um resgate iminente provocou uma resposta rápida da organização terrorista.
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, também se manifestou sobre a situação, alertando que o Hamas “pagará caro” se os reféns não forem libertados até sua posse, marcada para 20 de janeiro de 2025. Em suas declarações, Trump enfatizou que a falta de ação poderia resultar em um “sério problema” na região do Oriente Médio.
As tensões aumentaram desde o ataque terrorista de 7 de outubro de 2023, que resultou na captura de mais de 250 pessoas por militantes do Hamas. Atualmente, acredita-se que cerca de metade dos reféns ainda esteja viva, mas em condições severas de detenção e incomunicabilidade.
O Hamas, que busca a retirada total de Israel da região, condiciona qualquer negociação à cessação das hostilidades. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, por sua vez, reafirmou que a guerra continuará até que o Hamas seja completamente erradicado e não represente mais uma ameaça para o seu país.
Recentemente, o Hamas também relatou que, desde o início do conflito, 33 reféns morreram em decorrência das hostilidades, embora não tenha divulgado as nacionalidades das vítimas. O conflito, que já dura quase 14 meses, resultou na morte de mais de 44.400 palestinos, segundo autoridades locais, e deixou vastas áreas da Faixa de Gaza em ruínas.
As autoridades israelenses, por sua vez, afirmam que a ofensiva militar foi uma resposta ao ataque brutal de outubro, em que 1.200 israelenses perderam a vida. As repercussões do conflito continuam a se espalhar, com a população civil de Gaza enfrentando uma grave crise humanitária, caracterizada pela falta de alimentos, medicamentos e abrigo.
Enquanto o mundo observa com preocupação a escalada de violência, as declarações do Hamas e de líderes israelenses indicam que a solução para o impasse ainda parece distante, com ambos os lados firmes em suas posições e sem sinais de um cessar-fogo iminente.
Veja também: