Governo e Prefeitura do Rio assinam acordo para gestão de hospitais federais
A transferência inclui R$ 610 milhões e visa melhorar a infraestrutura de saúde municipal com dois hospitais
Nesta quarta-feira, o governo federal formalizou a transferência da gestão dos hospitais federais do Andaraí (HFA) e Cardoso Fontes (HFCF) para a Prefeitura do Rio de Janeiro. O acordo foi assinado pelo prefeito Eduardo Paes e pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, em uma reunião que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
Com a nova administração, as unidades de saúde receberão um repasse de R$ 610 milhões, destinado a garantir a reestruturação e a melhoria dos serviços prestados à população. Além desse valor, está previsto um adicional de R$ 150 milhões para atender a necessidades imediatas, sendo R$ 100 milhões para o HFA e R$ 50 milhões para o HFCF. O pagamento será realizado em uma única parcela em dezembro de 2024.
Entre as principais metas estabelecidas para o Hospital Federal do Andaraí estão:
- Abertura de 146 novos leitos, totalizando 450;
- Dobrar o número de atendimentos, alcançando 167 mil ao ano;
- Contratação de 800 novos trabalhadores, somando 3.300 profissionais;
- Realização de reformas para modernizar a infraestrutura hospitalar.
Para o Hospital Federal Cardoso Fontes, as metas incluem:
- Abertura de 68 leitos, totalizando 250;
- Dobrar o número de atendimentos, atingindo 306 mil por ano;
- Contratação de 600 novos trabalhadores, totalizando 2.600;
- Execução de reformas para aprimorar o ambiente hospitalar.
A reestruturação das unidades federais é uma parte do plano de modernização da saúde pública no Rio de Janeiro, que já incluiu a atualização dos hospitais federais de Bonsucesso e Servidores do Estado ao longo deste ano. Segundo a ministra Nísia Trindade, “o Ministério da Saúde está comprometido com a reestruturação do conjunto dos Hospitais Federais do Rio de Janeiro, visando atender a população em suas necessidades de atenção de alta complexidade e recuperar a condição de referência para o Sistema Único de Saúde”.
As mudanças têm como objetivo não apenas a ampliação do número de leitos, mas também a melhora na qualidade do atendimento prestado à população. O governo espera que as novas diretrizes sejam implementadas até janeiro de 2026, garantindo assim um serviço mais eficiente e acessível.
Atualmente, as unidades hospitalares enfrentam desafios como emergências fechadas, leitos bloqueados e déficit de funcionários. A reestruturação busca reverter esse cenário, assegurando que os direitos dos servidores sejam respeitados e que haja uma movimentação voluntária para adaptação às novas condições de trabalho.
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