Lula, Tarcísio e Nunes assinam contratos de R$ 10,65 bilhões para infraestrutura em São Paulo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu nesta sexta-feira (29) no Palácio do Planalto com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), para a assinatura de contratos que totalizam R$ 10,65 bilhões destinados a obras de infraestrutura e mobilidade urbana no estado.

A cerimônia teve como foco a formalização de financiamentos com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que irá apoiar projetos relevantes como a extensão da linha 2 do metrô, o trecho norte do Rodoanel e a criação de um trem intercidades ligando São Paulo a Campinas.

O encontro marca a primeira reunião entre Lula e Nunes após a reeleição do prefeito, que ocorreu em um contexto de polarização política, uma vez que o presidente havia apoiado o adversário de Nunes nas eleições municipais, Guilherme Boulos (PSOL). Além disso, é a primeira vez que Lula se encontra com Tarcísio desde o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em um inquérito que investiga um suposto plano de golpe de Estado.

O BNDES comprometeu-se a financiar R$ 6,4 bilhões dos R$ 14,5 bilhões previstos para a obra do trem intercidades, com a primeira etapa do empréstimo, no valor de R$ 3,2 bilhões, sendo assinada nesta data. A expectativa é que o projeto beneficie diretamente a população, promovendo uma redução significativa no tempo de deslocamento entre as principais rodovias da região.

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Outro projeto importante é a melhoria do trecho norte do Rodoanel, que receberá R$ 1,35 bilhão do BNDES. Este trecho é crucial para o escoamento do tráfego de caminhões e para a diminuição dos congestionamentos nas vias marginais da cidade, além de incluir medidas de mitigação ambiental, como a construção de passagens para a fauna local.

A extensão da linha 2 do metrô de São Paulo, que atualmente liga Vila Madalena à Vila Prudente, será ampliada em 8,2 quilômetros, prevendo a construção de oito novas estações até a Penha, com conclusão estimada para dezembro de 2028. O investimento total nesta obra será de R$ 6 bilhões, e está previsto que a produção dos novos trens seja realizada por empresas brasileiras.

Além disso, a prefeitura de São Paulo receberá R$ 2,5 bilhões para a aquisição de 1.300 ônibus elétricos, que devem contribuir para a modernização do transporte público na cidade, alinhando-se às metas de sustentabilidade do governo federal.

Os contratos assinados fazem parte do Novo PAC, o programa de infraestrutura do governo, e refletem um esforço conjunto entre as esferas federal e municipal para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos paulistanos, promovendo uma mobilidade urbana mais eficiente e sustentável.