A missão Proba-3, da Agência Espacial Europeia, iniciou sua jornada em busca de novas descobertas sobre a coroa solar.
05 de Dezembro de 2024 às 13h24

Missão Proba-3 é lançada para estudar a coroa solar a partir do espaço

A missão Proba-3, da Agência Espacial Europeia, iniciou sua jornada em busca de novas descobertas sobre a coroa solar.

A Agência Espacial Europeia (ESA) deu início à missão Proba-3 nesta quinta-feira, 5 de outubro, com o lançamento de dois satélites a bordo de um foguete indiano. O lançamento ocorreu às 16h04, horário local (7h34 em Brasília), no centro espacial Satish Dhawan, localizado próximo a Chennai, no sul da Índia.

O foguete PSLV-C59, responsável pela decolagem, foi elogiado pela Organização de Pesquisa Espacial Indiana (Isro), que destacou o evento como um “momento de orgulho” para a Índia. O uso deste foguete deve-se a questões de custo e à localização estratégica que favorece a inserção dos satélites em suas órbitas específicas.

Os satélites da Proba-3 têm como objetivo realizar observações contínuas da coroa solar, a fina atmosfera que envolve o Sol e que, até então, só podia ser vista durante breves momentos em eclipses solares. A ESA explicou que, para alcançar esse objetivo, os satélites serão posicionados de modo que um possa projetar sua sombra sobre o outro.

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O satélite que liderará a missão é equipado com um escudo de 1,40 metro de diâmetro, atuando como um “ocultador” que esconderá o Sol. O segundo satélite transporta o coronógrafo ASPIICS, cuja função é observar a coroa solar na penumbra gerada pela sombra do primeiro satélite.

A operação demandará uma precisão sem precedentes, com os satélites necessitando manter uma distância de apenas 144 metros entre si. Eles completarão uma órbita altamente elíptica ao redor da Terra em um período de 18 horas, alcançando uma altitude de até 60.000 km e operando de forma automática durante dois anos.

A Proba-3 deve se tornar totalmente operacional na primavera boreal, que corresponde ao outono no Brasil, após a separação planejada dos satélites no início do ano. Esta missão complementará as observações realizadas pelas sondas Solar Orbiter e Parker Solar Probe, que já estão em operação.

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