Decisão da Secretaria Nacional do Consumidor visa proteger consumidores de fraudes
06 de Dezembro de 2024 às 21h28

Suspensão de vendas de 48 marcas de whey protein é cumprida até esta sexta-feira

Decisão da Secretaria Nacional do Consumidor visa proteger consumidores de fraudes

A partir de hoje, 6 de outubro, nove plataformas de comércio eletrônico devem suspender a venda de 48 marcas de whey protein que estão sob suspeita de adulteração. A determinação foi emitida pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), ligada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, após denúncias da Associação Brasileira de Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri).

Segundo a Abenutri, a adulteração, conhecida como amino spiking, ocorre quando aminoácidos de baixo custo são adicionados às fórmulas dos produtos para aumentar artificialmente o valor de proteína declarado nos rótulos. A prática pode enganar os consumidores, que acreditam estar adquirindo suplementos de alta qualidade.

Marcelo Bella, presidente da Abenutri, alertou em uma entrevista que os riscos à saúde associados a essas adulterações podem variar desde reações alérgicas leves até complicações mais graves. “Os riscos podem ser os mais variados, desde alergias leves, constipações e desconfortos intestinais até riscos de morte”, enfatizou.

A decisão da Senacon foi motivada por um estudo que revelou que algumas dessas marcas não apresentam a quantidade de proteína informada. Em resposta, a Associação Brasileira dos Fabricantes de Suplementos Nutricionais e Alimentos para Fins Especiais (Brasnutri) contestou a validade do laudo da Abenutri, alegando que ele foi baseado em produtos que não estão mais no mercado e que não seguiu os padrões técnicos estabelecidos.

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Em meio a essa controvérsia, o Tribunal de Justiça de São Paulo já iniciou investigações sobre os laudos, questionando a metodologia utilizada e a confiabilidade das conclusões apresentadas pela Abenutri.

Entre as marcas afetadas pela suspensão, destacam-se produtos conhecidos no mercado, como ActiveNutrition, Max Titanium e Muscletech. Os consumidores são orientados a verificar a procedência dos produtos antes de realizar compras, especialmente diante de ofertas que pareçam excessivamente vantajosas.

O Grupo Supley, um dos fabricantes mencionados, defendeu a qualidade de seus produtos, afirmando que eles passam por auditorias regulares, tanto internas quanto pela Anvisa, órgão responsável pela fiscalização de suplementos alimentares no Brasil.

Perante a gravidade da situação, a Senacon reafirma seu compromisso com a proteção do consumidor, garantindo que medidas rigorosas serão tomadas contra práticas enganosas no mercado de suplementos nutricionais.

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