Suspensão de vendas de 48 marcas de whey protein entra em vigor hoje no Brasil
Sites terão até esta sexta-feira para retirar produtos suspeitos de adulteração do mercado
A partir de hoje, 6 de dezembro, nove plataformas de comércio eletrônico no Brasil devem suspender a venda de 48 marcas de whey protein que estão sob suspeita de adulteração. A decisão foi emitida pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, e visa proteger os consumidores de produtos que não apresentam a quantidade de proteína informada nos rótulos.
A determinação surgiu após um estudo realizado pela Associação Brasileira de Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri), que revelou a prática conhecida como amino spiking. Esse processo envolve a adição de aminoácidos de baixo custo a produtos à base de proteína, o que pode inflar artificialmente o valor nutricional apresentado.
Marcelo Bella, presidente da Abenutri, alertou sobre os riscos à saúde associados a esses produtos. Em entrevista ao programa Bom Dia Brasil, ele declarou: “Os riscos podem ser os mais variados, desde alergias leves, constipações e desconfortos intestinais até riscos de morte”. Essa preocupação sublinha a importância de os consumidores estarem atentos às informações nos rótulos e à credibilidade das marcas.
Por outro lado, a Associação Brasileira dos Fabricantes de Suplementos Nutricionais e Alimentos para Fins Especiais (Brasnutri) contestou a decisão da Senacon, alegando que o laudo que fundamentou a proibição é de 2022 e se baseia em produtos que não estão mais no mercado. A entidade ainda aponta que o estudo não segue os padrões técnicos exigidos pelos órgãos competentes, como a Anvisa.
O Tribunal de Justiça de São Paulo já iniciou investigações sobre os laudos apresentados, questionando a metodologia e a confiabilidade das conclusões da Abenutri. Essa situação levanta um debate crítico sobre a regulamentação e fiscalização dos suplementos alimentares no Brasil.
Para garantir a segurança dos consumidores, a lista das 48 marcas proibidas inclui produtos de grande reconhecimento no mercado. As marcas afetadas são:
- ActiveNutrition - Protein 3W
- Age Intlab Suplementos Nutricionais - 3W
- AST Sport Science - VP2 Isolate
- Atlhetica Nutrition - Whey Flavour
- Atlhetica Nutrition - Best Whey
- Bodyaction Nutri Science - Muscle Hammer
- Bodyaction Nutri Science - Isolate Prime
- Bodyaction Nutri Science - 3Whey Top Taste
- Bodyaction Nutri Science - Isolate Definition
- Cellucor - Isolate
- Cobra Nutrition - Iso 100%
- Essential Nutrition - Immuno Pro Glutathione
- Essential Nutrition - Immuno Gold
- Essential Nutrition - Cacao Whey
- Evolution Nutrition Lab - Protein 1
- ForceUP - 3Whey Progein Powder
- FTW Sports Nutrition - Whey Blend
- FTW Sports Nutrition - Whey 3W
- FTW Sports Nutrition - 3 Whey Protein
- GSN Suplementos - Whey Protein (Core Series)
- GSN Suplementos - Iso Hydro Immuno
- Max Titanium - Whey Blend
- Max Titanium - Whey Pro
- MHP - Maximum Whey
- Monster Feed - MonsterFeed Isolate Mix
- Monster Feed - MonsterFeed 100% Pure
- Muscletech - Nitrotech Whey Golds
- NitroMax - Nitro Power
- Ravenna Sports Nutrition - SW Whey Protein
- Ultimate Nutrition - Prostar 100%
- Under Labz - Isohydro ++ Flexx
- Xpro Nutrition - Iso-X Protein Complex
- Xpro Nutrition - W-Iso Isolate
- XTR Health Research - Hyper Whey
- Integralmedica - 100% Pure
- Integralmedica - 3W Super
- Integralmedica - Intro Hard
- Integralmedica - Iso Triple Zero
- Integralmedica - Iso Hydro-X
- Integralmedica - Iso Blend Complex
- Integralmedica - Dark Bar
Os consumidores são aconselhados a estar atentos às informações dos rótulos e a evitar produtos que apresentem preços muito abaixo da média de mercado, o que pode indicar adulterações. A fiscalização e a transparência nas informações sobre produtos alimentares são essenciais para garantir a saúde e segurança do público.
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