Fernandinho Beira-Mar é alvo de nova fase da operação Torniquete no Rio de Janeiro
Polícia Civil e MP cumprem 28 mandados contra quadrilha de roubos de carga na Baixada Fluminense
O traficante Luiz Fernando da Costa, conhecido como Fernandinho Beira-Mar, é o principal alvo de uma operação conjunta realizada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) nesta terça-feira, 10 de dezembro. A ação, que faz parte da operação Torniquete, visa desmantelar uma quadrilha acusada de roubos de carga que causaram prejuízos estimados em R$ 4 milhões.
Os agentes estão cumprindo 28 mandados de busca e apreensão, com foco em integrantes do Comando Vermelho, organização criminosa que Beira-Mar supostamente lidera mesmo estando preso na Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná. De acordo com as investigações, ele estaria coordenando os roubos de dentro da prisão.
As investigações apontam que a quadrilha é responsável por uma série de roubos de carga em vias expressas do Rio de Janeiro, especialmente na Baixada Fluminense, onde atua em comunidades como Cangulo, Rua Sete, Jardim Ana Clara e Parque das Missões. Os criminosos agem em locais estratégicos, como a Avenida Brasil, a Rodovia Washington Luiz e a Rodovia Rio-Magé.
Além de Beira-Mar, outros membros da organização criminosa estão sendo investigados por sua participação em uma estrutura hierárquica que utiliza armas e aparelhos bloqueadores de sinal. Esses equipamentos são fornecidos pelo Comando Vermelho, e em troca, os assaltantes entregam 50% da renda obtida com os roubos para a facção.
A operação conta com o apoio da Polícia Penal Federal e da Secretaria de Administração Penitenciária. Os mandados estão sendo cumpridos em diversas unidades prisionais, incluindo a Penitenciária Federal de Catanduvas, a Penitenciária Moniz Sodré, a Cadeia Pública Jorge Santana, o Presídio Ary Franco, entre outros locais em Duque de Caxias, São Gonçalo, Caju e Madureira.
Os promotores de Justiça do MPRJ afirmam que, além de gerenciar o tráfico de drogas, os integrantes da quadrilha estão envolvidos na prática planejada de roubos a veículos de carga no município de Duque de Caxias. As ordens para os roubos estariam partindo de dentro dos presídios, e os lucros obtidos com os assaltos são utilizados para financiar o tráfico de drogas, fortalecendo ainda mais a atuação do Comando Vermelho na região.
O Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ) está à frente das investigações e destaca a importância da operação para a desarticulação de uma rede criminosa que tem causado sérios danos à segurança pública e à economia local.
Veja também: