A proposta inclui a criação de uma nova holding e a possibilidade de fusão com a Azul, além de novos investimentos.
10 de Dezembro de 2024 às 19h53

Gol apresenta plano de reestruturação com fusão e joint venture com Azul

A proposta inclui a criação de uma nova holding e a possibilidade de fusão com a Azul, além de novos investimentos.

Na última terça-feira, 10, a Gol Linhas Aéreas Inteligentes apresentou um extenso plano de reestruturação de 316 páginas na Corte de Falências de Nova York. O documento destaca a possibilidade de uma fusão entre a holding Abra, que controla a Gol, e a companhia aérea Azul. Além disso, menciona a criação de uma joint venture ou outras combinações estratégicas entre as duas empresas.

O plano, que ainda precisa ser aprovado pelos credores e discutido com o juiz responsável pela recuperação judicial da Gol nos Estados Unidos, prevê a formação de uma nova holding. Esta nova entidade emitiria ações que poderiam ser convertidas em ações da Abra, oferecendo uma alternativa para a reestruturação financeira da companhia.

A primeira audiência para discutir o plano está agendada para o dia 15 de janeiro em Nova York, enquanto a audiência que pode confirmar a reestruturação está prevista para 7 de março. A nova holding seria responsável por 100% da Gol reorganizada, e a companhia promete divulgar um “Plano Suplementar” que detalhará a fusão ou combinação de negócios com a Azul.

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Entre as opções contempladas no plano, está a abertura de capital (IPO) da Abra e a possibilidade de falência da Gol, caso a reestruturação não seja aprovada. A Gol também destacou seu potencial de crescimento, operando cerca de 600 voos diários e mantendo 17 acordos de codeshare com diversas companhias, incluindo a Azul, Emirates e TAP.

A competitividade no setor aéreo brasileiro tem aumentado, com companhias de baixo custo, como a Wingo na Colômbia e a Volaris no México, ganhando espaço. A Gol afirma que está se preparando para se tornar um “concorrente de elite” no mercado de companhias aéreas da América do Sul, especialmente com a crescente demanda por viagens internacionais.

O plano de reestruturação também inclui um programa de renovação de frota, que visa a aquisição de aeronaves mais eficientes em termos de combustível e com menor custo de manutenção nos primeiros anos de operação. A companhia acredita que essas medidas permitirão uma operação mais confiável e econômica, posicionando-a melhor para o futuro.

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