Khalil Rahman Haqqani, ministro interino do Talibã, foi morto em explosão na capital afegã, segundo informações da família.
11 de Dezembro de 2024 às 09h48

Ministro do Talibã afegão Khalil Haqqani é morto em explosão em Cabul

Khalil Rahman Haqqani, ministro interino do Talibã, foi morto em explosão na capital afegã, segundo informações da família.

Khalil Rahman Haqqani, ministro interino do Talibã afegão responsável pela pasta de refugiados, foi morto em uma explosão ocorrida na capital do Afeganistão, Cabul. A informação foi confirmada por seu sobrinho, Anas Haqqani, na última quarta-feira.

Haqqani, que assumiu o cargo no governo interino do Talibã após a retirada das forças estrangeiras do Afeganistão em 2021, era um proeminente líder da rede Haqqani. Esta facção militante é conhecida por sua responsabilidade em diversos ataques significativos durante os 20 anos de guerra no país, conforme relatado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos.

A morte de Khalil Haqqani representa uma perda significativa para o governo do Talibã, que enfrenta desafios internos e externos desde que tomou o poder. O grupo, que já havia sido amplamente criticado por sua abordagem em relação aos direitos humanos e à governança, agora se vê diante de uma nova crise de liderança.

O Talibã, que voltou ao poder em agosto de 2021, tem tentado consolidar seu controle sobre o Afeganistão, mas continua a enfrentar resistência de grupos insurgentes e a pressão internacional por reformas. A morte de Haqqani pode complicar ainda mais a situação política no país.

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As circunstâncias exatas da explosão que resultou na morte do ministro ainda não foram esclarecidas. Autoridades locais estão investigando o incidente, mas até o momento não houve reivindicação de responsabilidade.

A rede Haqqani, à qual Khalil pertencia, é considerada uma das facções mais poderosas e temidas no Afeganistão, e sua influência se estende além das fronteiras do país, com ligações a grupos terroristas internacionais.

A comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos após a morte de Haqqani, uma vez que a estabilidade do Afeganistão é crucial para a segurança regional e global. Especialistas alertam que a perda de um líder chave pode gerar um vácuo de poder e potencialmente intensificar os conflitos internos.

Enquanto isso, a população afegã continua a viver sob as incertezas e os desafios impostos pela nova administração talibã, que ainda não conseguiu garantir a segurança e o bem-estar de seus cidadãos.

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