Valter Agostinho e Araceli Zanella foram vistos pela última vez em 11 de novembro; seis pessoas foram presas e uma está foragida.
11 de Dezembro de 2024 às 11h16

Delegado aponta envolvimento de familiares em assassinato de casal desaparecido em SC

Valter Agostinho e Araceli Zanella foram vistos pela última vez em 11 de novembro; seis pessoas foram presas e uma está foragida.

A Polícia Civil de Santa Catarina investiga o desaparecimento de Valter Agostinho de Faria Junior, de 62 anos, e Araceli Cristina Zanella, de 46 anos, que não são vistos desde 11 de novembro. O casal, que residia em Biguaçu, na Grande Florianópolis, teria sido assassinado por inquilinos de um galpão que alugavam, após uma cobrança de aluguel que gerou um desentendimento.

O delegado Anselmo Cruz, responsável pela investigação, revelou que os suspeitos incluem irmãos e pessoas próximas das vítimas. Durante uma entrevista ao programa Encontro, da TV Globo, ele afirmou: “Houve envolvimento de irmãos. Irmão de um, irmão de outro, meio-irmão, pessoas muito próximas ou convivendo juntas, inclusive”.

Seis pessoas foram presas preventivamente e uma está foragida. O delegado destacou que, apesar das prisões, não houve colaboração ou confissão por parte dos suspeitos. “Ninguém confessou? Não. Ninguém disse onde estaria? Não, não disseram”, afirmou Cruz.

Os crimes de homicídio, roubo, sequestro e estelionato estão sendo investigados. Segundo a polícia, os assassinatos teriam ocorrido após o casal ir ao imóvel cobrar aluguel. O delegado acredita que Valter e Araceli foram mantidos em cativeiro e mortos no mesmo dia em que desapareceram.

- CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE -

“Naquele mesmo dia 11, aquelas pessoas ficaram sequestradas lá dentro do bar, o imóvel funcionava como um bar. Permaneceram o dia todo sequestradas lá dentro e, ao final do dia, foram retiradas de lá. Nós, infelizmente, temos convicção que o casal foi morto ainda no dia 11”, declarou o delegado.

A polícia está realizando buscas em áreas de mata na Grande Florianópolis, especialmente nos bairros de Biguaçu e São José, na esperança de encontrar os corpos. A suspeita é de que eles tenham sido enterrados em locais remotos.

Além disso, foi descoberto que os suspeitos utilizaram cartões e realizaram transferências bancárias das contas das vítimas, além de usar o carro do casal. O bar que funcionava no galpão de propriedade de Valter e Araceli havia sido desativado após diversas denúncias de perturbação do sossego, e os inquilinos já estavam se preparando para deixar o local.

Familiares de Valter e Araceli têm utilizado as redes sociais para pedir justiça e compartilhar informações sobre o caso. Uma parente escreveu: “Que a Justiça seja feita”, demonstrando a angústia e a preocupação com o desfecho da investigação.

As autoridades pedem que qualquer pessoa que tenha visto algo suspeito na madrugada de 11 para 12 de novembro entre em contato com a polícia, seja por meio de denúncias anônimas ou através do WhatsApp da Polícia Civil.

Veja também:

Tópicos: